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Economia

Foto: Divulgação

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O Índice de Confiança de Serviços (ICS) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) caiu 1,0 ponto em julho, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2021 (87,1 pontos). Na média móvel trimestral, o índice variou -0,2 ponto.

De acordo com o economista do FGV Ibre, Stéfano Pacini, os empresários estão pessimistas. “O resultado de julho da confiança de serviços reforça a tendência de desaceleração observada ao longo do ano. Apesar de uma leve melhora na percepção sobre demanda presente, as avaliações sobre situação atual dos negócios são negativas entre os empresários. Em relação ao futuro, os empresários têm um olhar mais pessimista para o segundo semestre na maioria dos segmentos da pesquisa. A conjuntura macroeconômica é complexa com o aumento da incerteza e uma expectativa geral de desaceleração da atividade. A política monetária segue restritiva com o intuito de evitar futuras pressões de preços e uma mudança de sentimento dos empresários não parece estar próxima". 

A queda do ICS resultou da piora do Índice de Situação Atual (ISA-S) e do Índice de Expectativas (IE-S). O ISA-S cedeu 0,4 ponto, para 92,3 pontos, menor nível de 91,8 pontos desde fevereiro de 2022, e o Índice de Expectativas (IE-S) retraiu 1,6 ponto, chegando a 87,2 pontos.

Os dois quesitos que compõem o ISA-S variaram em direções opostas: o indicador de volume de demanda atual avançou 0,6 ponto, atingindo 93,3 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios deteriorou ao recuar 1,4 ponto, alcançando 91,3 pontos, menor nível desde setembro de 2021 (90,3 pontos). Pela ótica das expectativas, os dois quesitos do IE-S recuaram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses variou -0,2 ponto, para 87,9 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 3,0 pontos, para 86,5 pontos.

Confiança de serviços nos principais segmentos

Nos últimos meses, os resultados de desaceleração do setor de serviços ficaram mais evidentes na análise setorial. Em médias móveis trimestrais, a confiança de serviços vem caindo de forma difusa entre os segmentos da pesquisa. “A desaceleração econômica esperada para o segundo semestre parece já ser observada na confiança do setor de serviços” completou Pacini.