Com a chegada do período seco e o aumento do risco de incêndios no campo, a Frísia Cooperativa Agroindustrial intensifica as orientações aos cooperados no Tocantins sobre práticas seguras para evitar queimadas e proteger lavouras, áreas de preservação e o solo.
Entre as recomendações, está a atenção às restrições legais vigentes no estado. Conforme o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a queima controlada está proibida entre 20 de julho e 30 de outubro, de acordo com a Instrução Normativa nº 02/2024. A Frísia aproveita esse período para ampliar as ações preventivas nas propriedades, incentivando o registro de medidas de manejo seguro e o cumprimento das normas ambientais.
Para Glayson Oliveira, da equipe de assistência técnica (Astec), o manejo adequado do solo é o primeiro passo para prevenir prejuízos. “No sistema de plantio direto que utilizamos, não há revolvimento do solo e aplicamos palhada para conservar a umidade, proteger a estrutura física e estimular a microbiota. Um incêndio pode comprometer todo esse trabalho, além de desequilibrar o ecossistema”, explica.
O coordenador comercial da Frísia no Tocantins, Moacir Oliveira, destaca que a orientação técnica é decisiva para reduzir riscos. “Recomendamos que todas as ações preventivas sejam registradas e que se mantenham aceiros em volta de lavouras, cercas, sedes e armazéns. Em áreas maiores, a abertura é feita com grade pesada; nas menores, de forma manual. Em situações específicas, indicamos ainda produtos que formam barreiras químicas para dificultar a propagação do fogo”, afirma.
Guilherme Silva, também da Astec, reforça a importância da prevenção diária. “Orientamos a limpeza de áreas próximas a estradas e depósitos de palhada, a suspensão de atividades que gerem faíscas, como solda e queima de lixo, e o treinamento das equipes para agir rapidamente em casos de incêndio”, destaca.
Para o gerente executivo da Frísia no Tocantins, Marcelo Cavazzotti, a prevenção é parte do modelo cooperativista. “Mais do que cumprir a lei, é nosso papel garantir que cada propriedade adote práticas responsáveis e seguras. A sustentabilidade começa com ações simples, mas constantes, que protegem a produção e asseguram a continuidade das atividades no campo”, afirma.