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Veículos

Foto: Divulgação BYD Brasil

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A comercialização de mais de 20 mil veículos eletrificados no Brasil, registrada em agosto de 2025, marca um novo patamar na transição energética da frota nacional. O avanço, que representa um crescimento de 6,3% em relação ao mês anterior, segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), acompanha a expansão dos pontos de recarga, que cresceram 59% entre agosto de 2024 e setembro de 2025. Com mais de 302 mil veículos eletrificados em circulação, há atualmente um ponto de recarga para cada 18 unidades.

Diante desse cenário, a instalação e o uso dos carregadores exigem atenção técnica e operacional. “Em condomínios, síndicos e moradores precisam observar três pilares para a instalação dos carregadores: segurança, gestão de energia, além de regras claras de uso e cobrança”, afirma Marcelo Niendicker, gerente de engenharia da SolaX Power. A recomendação é que os carregadores sejam dedicados (wallbox), com circuito próprio, sistema de limitação de potência, medição por kWh e relatório mensal, seja por medidor físico ou aplicativo.

A instalação deve seguir critérios técnicos, como a escolha de modelo aprovado, identificação dos pontos, botão de emergência acessível e sinalização adequada. O projeto e execução devem ser realizados por empresa ou profissional habilitado, com responsabilidade técnica. “Para qualquer prédio, é essencial que os carregadores sejam instalados em garagem coberta, ventilada, sem obstruir saídas; estação de carga em parede ou coluna com proteção, esteja sinalizado, possua desligamento de emergência acessível e distante de combustíveis”, orienta Niendicker.

Nos edifícios em construção, é necessário prever passagem de cabos até as vagas, quadros elétricos com folga para expansão e internet disponível para o sistema de gestão. “Oriento ainda que o edifício inicie com algumas vagas operando e deixe infraestrutura pronta para ligar as demais sem a necessidade de grandes novas obras”, explica o engenheiro.

Já em prédios antigos, o processo começa com diagnóstico elétrico, avaliação da capacidade do quadro e rotas de cabos. A implantação inicial deve ser feita com poucos pontos compartilhados e controle de carga. “Quando houver a expansão, é importante padronizar o equipamento e instalação por vaga, mantendo a chave de emergência e sinalização, além de adequar a ventilação e detecção conforme orientações do Corpo de Bombeiros”, alerta.

No uso diário, é proibido utilizar tomadas comuns, extensões ou adaptadores. A identificação do usuário deve ser feita por aplicativo ou cartão, garantindo cobrança individualizada. “Depois que encerrar a carga, é preciso retirar o plugue, guardar o cabo no suporte e liberar a vaga”, afirma Niendicker.

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Sinais de alerta como cheiro de queimado, estalos, luz vermelha persistente, superaquecimento, disjuntor desarmando, infiltração ou falhas recorrentes devem interromper o uso imediato do ponto. “É fundamental que seja interrompida a carga, isolar e sinalizar o ponto, registrar e acionar a manutenção e não religar até a liberação formal”, orienta.

Na escolha dos equipamentos, devem ser exigidas conformidades com normas técnicas, conectores compatíveis com o mercado nacional, suporte a protocolos OCPP, proteção IP54+ e medição com exatidão de 1%. “Isso permite integrar o carregador a diferentes plataformas de gestão, fazer smart charging e atualizar firmware sem trocar de fornecedor”, explica.

A manutenção deve seguir cronograma: mensalmente, limpeza e verificação de sinalização; trimestralmente, teste de disjuntor e revisão de relatórios; anualmente, revisão elétrica completa e inspeção das proteções físicas.