Escolher a escola do seu filho é uma decisão que impacta toda a vida dele e, por isso, não deve ser tomada apenas com base em propaganda ou preço de mensalidades. Muitos pais têm dúvidas sobre o que realmente importa, já que nem todos conhecem termos técnicos como “proposta pedagógica”. Mas existem critérios simples, diretos e muito confiáveis para orientar essa escolha. Vejamos alguns abaixo.
O primeiro deles é a reputação da instituição. Uma boa escola se reconhece pela história que construiu ao longo dos anos: tempo de existência, tradição, estabilidade e a forma como se posiciona na comunidade. Escolas que atravessam gerações são escolas que se reinventam e se mantêm relevantes. Demonstram consistência, responsabilidade e compromisso real com a educação.
Outro ponto fundamental é a força da marca. Quando uma escola faz parte de uma rede presente na cidade, no estado ou no país, isso oferece segurança adicional às famílias. Marcas consolidadas seguem padrões de qualidade, passam por auditorias internas, formam continuamente seus professores e mantêm diretrizes claras de atuação. Isso garante que a experiência da criança não dependa apenas de boa vontade de uma liderança, mas de um projeto sólido, testado e acompanhado por especialistas.
A estrutura física também diz muito sobre a escola. Não se trata de luxo, mas de coerência: escolas precisam ter “cara de escola”. Salas adequadas, pátios vivos, biblioteca ativa, quadras, laboratórios e espaços educativos que convidem a criança a aprender. Ambientes bem cuidados refletem o respeito da instituição pelos estudantes e pelo processo formativo.
Uma questão que diferencia escolas contemporâneas é a experiência prática: cultura maker, laboratórios, robótica, projetos de voluntariado e oficinas que colocam o estudante como protagonista. Esses elementos mostram se a escola está alinhada às exigências do século XXI, formando jovens criativos, solidários, críticos e capazes de resolver problemas de forma colaborativa. Quanto mais diversidade de espaços, maior a possibilidade de que o cérebro dos estudantes sejam expostos a situações geradoras de novas sinapses e, portanto, de maior ganho cognitivo e emocional.
Também um elemento decisivo são os depoimentos de quem já viveu a experiência: pais, ex-estudantes e famílias que cresceram com a escola. Ninguém melhor do que quem passou pelos corredores, pelas salas e pelos projetos para descrever o que ficou de aprendizado, de valores e de vínculos humanos. Escolas marcantes deixam marcas, boas memórias, amizades, conquistas e uma sensação de pertencimento que acompanha os estudantes por toda a vida.
Além disso, observe a coerência no dia a dia. Como os funcionários tratam as crianças? Como a coordenação recebe as famílias? Os estudantes parecem felizes? Há acolhimento, organização e segurança? Às vezes, cinco minutos na entrada da escola dizem mais do que qualquer folder.
Procure uma instituição que transmita confiança multidimensional, pedagógica, humana e moral. A melhor escola é aquela em que você olha e pensa: “Aqui meu filho vai aprender, crescer e ser cuidado”. No final das contas, a melhor escola é aquela que combina tradição, consistência e inovação. Uma escola onde seu filho possa aprender bem, conviver bem e crescer bem, porque educação de verdade é capaz de aprovar em provas, mas, sobretudo, transforma pessoas e dá vida a histórias.
*José Braga Ribeiro Neto é diretor do Colégio Marista Palmas.

