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Economia

O aumento de indenizações e as fraudes pesam diretamente no bolso dos proprietários de veículos, que arcam desde 2005 com a alta do preço do DPVAT bastante acima da inflação para tapar "buracos" nas contas.

O preço pago anualmente por carros de passeio saltou de R$ 56,77, há dois anos, para R$ 84,72 em 2007, 49% de aumento num período em que a inflação pelo IPCA não atingiu 6%. Para as motocicletas, a alta no período foi maior, 79%, de R$ 102,72 para R$ 184,21, sob a justificativa ainda do avanço de acidentes com esses veículos.

Ricardo Xavier, diretor do convênio do DPVAT com a Fenaseg, alega que as elevações também estão relacionadas com reajustes no valor individual das indenizações que saltaram no período para 31% em caso de morte e invalidez e 35% para despesas médicas.

Ele afirma ainda que houve congelamento dos preços pagos em anos anteriores. O dinheiro do DPVAT já foi alvo de críticas de diversos setores porque praticamente só um terço dos quase R$ 3 bilhões arrecadados em 2006 é revertido para indenizações.

A maior parte da verba, 45%, é encaminhada ao SUS, como forma de compensar os gastos dos hospitais públicos com acidentes de trânsito. Outros 5% são destinados por lei ao Denatran, para que haja campanhas e medidas preventivas - embora sejam muitas vezes "congelados" pelo governo federal para manutenção de superávit. Os 15% restantes são os principais alvos de contestação, vão para despesas administrativas, bancárias e um limite de 2% para as próprias seguradoras conveniadas.

Da redação com informações Folha de S.Paulo

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