A empresa brasileira Etanalc S/A, a norte-americana Sempra Energy Trading e o Royal Bank of Scotland e Etanalc S/A, anunciaram aos investidores, no início da noite de ontem, segunda-feira, 8, o início das operações da RBS-Sempra Commodities LLP no país, com a assinatura do contrato de 20 anos para a construção de 12 destilarias nos Estados do Tocantins e Maranhão. A Etanalc calcula que cada uma das três plantas iniciais ocuparão 30 mil hectares nos municípios de Pedro Afonso, Colinas e Guarai, no Estado do Tocantins.
A Sempra Commodities, baseada em Stamford, Connecticut, associou-se à empresa brasileira na compra e distribuição exclusivas do combustível produzido pela Etanalc nas destilarias a serem construídas, ao longo das próximas duas décadas. Cada uma das três destilarias a serem contruídas nos próximos meses irá processar 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O resíduo vegetal da safra é um dos principais componentes da energia a ser consumida na indústria para a produção dos 4,5 milhões/ano de barrís de etanol.
No momento em que os EUA e outros países do mundo abraçam o desenvolvimento de novas formas de energia renovável, nós esperamos que o mercado de etanol cresça rapidamente e seja um dos principais componentes do mix global de energia para as próximas décadas. Isso representa uma grande oportunidade para a Sempra Commodities integrar a joint-venture nesta companhia formada com o Royal Bank of Scotland Group (RBS) afirmou o vice-presidente da Sempra Commodities, Bryan Keogh.
Com sede no Rio de Janeiro, a Etanalc é presidida pelo empresário Áureo Luiz de Castro. Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil Castro disse que ao aliar a experiência administrativa à experiência da Sempra Commodites no financiamento que inclui além da produção de etanol o gás natural, eletricidade, carvão e óleo mineral, a Etanalc "reduz sensivelmente os riscos do negócio em si e permite a geração de energia renovável e produzida segundo os mais rigorosos padrões econômico-sociais do mundo"
Ainda segundo o empresário a construção das destilarias de Pedro Afonso, Colinas e Guaraí terão início imediato. "Já cumprimos algumas etapas iniciais de planejamento e acreditamos que, desse momento em diante, caminharemos a passos largos para o início da produção", afirmou.
Da redação com informações Correio do Brasil