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O cacique Joaquim Guajajara, da aldeia Nova Providência, foi encontrado morto e com marcas de tiros hoje (30) na Terra Indígena Araribóia, área de 413 mil hectares no oeste do Maranhão. No local, vivem cerca de 8 mil índios da etnia Guajajara e 50 índios isolados da etnia Guajá.

O corpo do índio, de 65 anos, estava às margens da rodovia estadual MA-006, que corta a área indígena, a 50 quilômetros de Arame (MA). A morte foi confirmada pelo Gerente Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz (MA), José Piancó.

Neste momento, agentes da Polícia Federal estão no local dando início às providências para identificar as circunstâncias em que o crime ocorreu. A Funai suspeita que a morte esteja ligada à disputa com homens brancos por terras e recursos naturais na região.

Desde o início do mês, uma força-tarefa com mais de 200 agentes de fiscalização e policiamento combate a extração ilegal de madeira, incêndios criminosos e plantações de maconha dentro da Terra Indígena Araribóia. Segundo a Funai, 64 índios Guajajara morreram nos últimos 16 anos em confrontos com madeireiros ou acidentes de trabalho em atividades de desmate.

Piancó informou que a Operação Araribóia já resultou, até agora, na apreensão e queima de aproximadamente 10 mil pés de maconha, no fechamento de 12 serrarias, no recolhimento de caminhões com toras e de milhares de estacas de madeira, cujo montante exato ainda está sendo apurado pelos técnicos do Ibama.

"A situação já é difícil e deve ficar ainda mais tensa após essa morte. A região precisa da definição de uma política de fiscalização permanente", disse o administrador. A Operação Araribóia segue ainda sem data para terminar.

Agência Brasil