A Polícia Militar Ambiental apreendeu 753 toneladas de madeira originária da Amazônia que eram comercializadas em depósitos de Campinas, Sorocaba, Araçatuba e Ribeirão Preto com documentação irregular.
Foi mais uma etapa da Operação Primavera, desenvolvida em parceria com técnicos do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente (SMA). Foram vistoriadas oito madeireiras nos quatro municípios e apreendido um veículo com a carga destinada a outro Estado, o que é proibido pela lei. A ação resultou em multas que somam R$ 920.260,56.
A Operação Primavera é parte do Programa Estratégico São Paulo Amigo da Amazônia, da SMA, que tem como objetivo desestimular o desmatamento naquela região, por meio do combate à comercialização de produtos extraídos ilegalmente. São Paulo é um dos maiores consumidores dessa madeira, com cerca de 15% de participação do mercado, superando países como a China e a França com 12% e 11% respectivamente. Há estimativas de que 60% da madeira amazônica seja usada em obras públicas.
Cadastro de madeireiras
O secretário Xico Graziano anunciou ontem, durante a fiscalização em Campinas, que a SMA está concluindo estudos para criar por decreto um cadastro das mais de duas mil madeireiras de São Paulo, conforme sugeriu o governador José Serra em evento no qual apoiou medidas contra o desmatamento da Amazônia.
Um dos objetivos do cadastro é permitir que os comerciantes que atuam na legalidade recebam uma certificação de boas práticas. Com essa certificação o comerciante se habilitará a fornecer para o Governo do Estado e terá seu nome divulgado com regularidade para que os consumidores conscientes possam procurá-lo para adquirir produtos legalizados. A lista das madeireiras certificadas será publicada no Diário Oficial do Estado e nos portais do governo.