A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) recomendou nesta quinta-feira (3) ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que renuncie ao cargo, por descumprimento da promessa de que o Poder Executivo não aumentaria impostos após a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Foi essa promessa, como recordou, que permitiu a aprovação da proposta de emenda à Constituição que prorrogou a vigência da Desvinculação de Receitas da União ( DRU).
- Ele subiu à tribuna do Senado no dia da votação da DRU e se comprometeu com a oposição de que não haveria aumentos de impostos, mas sim uma reforma tributária. Então, se fosse ele, renunciaria ao cargo de líder, porque ele tem um nome a zelar e o descumprimento da palavra é explícito - disse Kátia Abreu em entrevista à Rádio Senado.
A senadora criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, por haverem anunciado "com sorrisos nos lábios", observou, o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. Na sua opinião, o presidente e os ministros pareciam estar "debochando" da sociedade brasileira.
- É um governo populista, que não tem responsabilidade e que não quer cortar gastos públicos. Não adianta vir com essa conversa demagógica de que vai tributar os bancos, porque banco não tira lucro do bolso. O banco vai tirar do bolso do contribuinte, do tomador de empréstimo, da micro e pequena empresa, do médio empresário que precisa de crédito para sobreviver - alertou.
A senadora adiantou que a oposição fará todo o possível para impedir a aprovação da medida provisória que elevou a alíquota da CSLL. Kátia Abreu, ainda, acusou o governo de não ter interesse na aprovação da reforma tributária. Na sua opinião, o governo mantém uma política econômica "populista", como outros países da América Latina
Agência Senado