Durante a reunião da executiva do PMDB nesta sexta-feira, 15, o vice-prefeito de Palmas Derval de Paiva disse que só a incompetência e incoerência podem tirar a UT da UTI. O vice-prefeito ainda disse que o governador Marcelo Miranda é o superintendente do grupo, mas que na conjuntura atual “tem que sair da toca”.
Logo após a abertura da reunião feita pelo deputado federal e presidente estadual do PMDB, Osvaldo Reis, o pré-candidato Eli Borges pediu a palavra e disse “resolvi lançar minha candidatura. Tenho 15 anos de vida pública e nunca brinquei de fazer política e ponto final”. Eli disse que contava como apoio dos presentes e que quando assinou sua ficha de filiação o fez para defender o partido. “Tem companheiros que ficam defendendo a candidatura do Raul e da Nilmar!!”. Ele lembrou que o partido tem um conselho de ética e continuou “quero fazer um pedido como presidente metropolitano. Se você assinou ficha de filiação, eu peço que entendam que eu sou candidato”.
O deputado ainda fez um pedido, que sua candidatura fosse lançada pelo partido, assim como se fez com Palmeri em Araguaina e completou “se há mais alguém lançando candidatura no partido é para tumultuar”.
Na seqüência da fala do deputado, o presidente da Câmara de Vereadores de Palmas, Carlos Braga, fez referência à sua fala e disse que existem outros candidatos e não estão fazendo o jogo de ninguém e completou “se vossa excelência diz que é honesto, os outros também o são. Se a câmara está dando apoio ao prefeito é porque nós temos lá dois secretários ocupando importantes pastas, nosso apoio é institucional. Agora se o deputado quer o nosso apoio ele tem é que nos conquistar” completou.
A idéia inicial da reunião era para traçar uma agenda política para se dar um norte nas eleições municipais. Segundo o presidente do PMDB, Osvaldo Reis, questão de aliança seria discutido para frente, mas ressaltou, “o PMDB não pode ser coadjuvante neste processo, queremos ser protagonistas”. Reis ainda afirmou que se tem que falar a linguagem do PMDB “não ficar discutindo neste momento outros partidos”.
Outro que apoiou a tese de candidato próprio do partido foi Junior Coimbra. Ele convocou todos para que trabalhassem pela candidatura de Eli Borges para o PMDB “ganhar a prefeitura e não a vice-prefeitura”.
Na reunião em que os ânimos começaram a se exaltar o mais conciliador foi o deputado federal Moisés Avelino. O deputado sugeriu uma reunião para traçar metas e um plano de trabalho para discutir os problemas localizados, como o caso de Palmas. Segundo Avelino é preciso organizar o PMDB para ai sim ter condições de convidar outros partidos para construir um projeto. “No momento vamos discutir o partido, mas isto não impede que possamos conversar com outros segmentos” disse.
A Posição de Derval
Em entrevista exclusiva ao Conexão Tocantins sobre a questão da manutenção da aliança entre PT e PMDB na capital, o Vice-prefeito Derval de Paiva foi enfático ao dizer que o momento é oportuno para que as articulações aconteçam. “Já começa a ficar inadiável e meu pensamento está posto de forma clara, eu quero aqui apenas reiterá-lo. As forças políticas que reelegeram Marcelo Miranda governador, devem ser somadas às defecções de parte do PT e todo o PCdo B que apoiou Leomar Quintanilha, para numa só sala e a uma só mesa ter coragem de agora rever de forma simpática, civilizada, e com muito amor na nossa luta, discutir e aprovar um nome consensual”.
Derval afirmou que isto é condição Sine qua non para continuar um projeto que deseja que tenha pelo menos 10 anos de duração. “Um projeto de Tocantins em que Palmas é a estrela maior deste projeto, portanto, a importância da eleição aqui conciliadamente”.
Umberto Salvador Coelho