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Esporte

Foto: Umberto Salvador Coelho Fernado Rezende presidente do Palmas fala do Projeto Série B Fernado Rezende presidente do Palmas fala do Projeto Série B
  • Danilinho dá autógrafo depois do jogo - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Domingos de Jesus Viana Filho, árbitro do jogo (fed. Paraense de futebol) - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Nelson Mourão orienta o Palmas - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Técnico Geninho orienta o galo - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Luccas antes do início da partida - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Luccas se prepara entrar, jovem revelação protagonizou melhor chance do Palmas - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Banco do Atlético  Mineiro - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Equipes de emergência estavam de prontidão - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • Torcida Candangalo de Brasília marcou presença em Palmas - Foto - Umberto Salvador Coelho
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  • Apesar do baile torcedor palmense estava feliz - Foto - Umberto Salvador Coelho
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  • Nelson Mourão técnico do Palmas - Foto - Umberto Salvador Coelho
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  • Jogadores do Galo saúdam a torcida alvinegra - Foto - Umberto Salvador Coelho
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  • Mascotes do Palmas - Foto - Umberto Salvador Coelho
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  • Vice-Presidente do Palmas Henrique, conversa com o preparador físico Irlan - Foto - Umberto Salvador Coelho
  • União e fé antes da partida - Foto- Umberto Salvador Coelho
  • Depois do aquecimento meio campista Julhy busca apoio na bíblia - Foto- Umberto Salvador Coelho
  • Momento de fé, ala esquerdo Mota lê a bíblia - Foto- Umberto Salvador Coelho
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  • Presidente do Palmas, Fernando Rezende - Foto- Umberto Salvador Coelho
  • Governador Marcelo Miranda leva apoio aos jogadores do Palmas antes do início da partida -Foto- Umberto Salvador Coelho
  • Foto- Umberto Salvador Coelho
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O enfrentamento tão aguardado entre o Palmas Futebol e Regatas - tricolor da capital - e o Clube Atlético Mineiro nesta quarta-feira, 27, pela Copa do Brasil não passou de um baile, regido a bem da verdade, pelos maestros alvinegros.

O atacante Marques, ídolo do Galo havia dito um dia antes, durante o treino de reconhecimento do gramado que aguardava o estádio cheio para que o torcedor acompanhasse um belo espetáculo. E foi o que aconteceu. A torcida que compareceu ao Estádio Nilton Santos pode assistir uma bela apresentação do escrete atleticano.

O Palmas entrou apático na partida. Seu sistema tático armado defensivamente num 3-6-1 tinha os defensores mais preocupados em bater deslealmente no adversário. Por volta dos 5 minutos da primeira etapa, o atacante Danilinho já incomodando a defesa do arara azul, levou alguns socos na cabeça do zagueiro China e o juiz não viu. Minutos depois foi a vez de Junior Pereu, do Palmas, cometer uma falta duríssima no atacante Marinho e o juiz da partida fazer vista grossa.

Mas o castigo não tardou, aos 9 minutos da primeira etapa, o Atlético Mineiro com um toque de bola envolvente deixou Gerson, que penetrou pelo meio da zaga, na cara do goleiro Sandro Carioca. O resultado foi uma bem colocada bola entre as canetas do arqueiro do Palmas.

O sistema tático do tricolor a esta altura revelava-se frágil. O técnico Geninho, do Galo, havia dito na sua chegada à capital que o seu time iria jogar num 4-4-2, explorando as alas do Palmas. E foi o que aconteceu. Os atacantes do Galo faziam dois/um em cima dos laterais do Palmas, com apoio da passagem dos seus alas. Em muitas oportunidades o lateral Coelho apareceu livre na linha de fundo do tricolor para cruzar.

Faltava cobertura do meio campo do Palmas aos seus alas, isto forçava os zagueiros a saírem para reforçar a marcação abrindo o miolo de zaga por onde os atleticanos entraram passeando para fazer os três primeiros gols; Marques fez aos 12 min e Danilinho aos 29 em um leve toque desviando do goleiro.

Pelas regras da Copa do Brasil, na primeira e segunda fase, o time visitante que vence por dois ou mais gols de diferença elimina o jogo de volta. A esta altura, a torcida usando um jargão das “peladas futebolísticas” dizia “três vira e seis acaba” e não demorou para que o quarto gol acontecesse. Renan recebe em velocidade pela esquerda e cruza para Gerson conferir de cabeça aos 41 min.

No intervalo do primeiro tempo o clima no vestiário do Palmas parecia um velório, diferente de antes de começar a partida quando o time fez o aquecimento com gritos de guerra e finalizou com uma oração de joelhos, ainda recebendo o governador Marcelo Miranda que apareceu para incentivar aos jogadores.

Enquanto o intervalo rolava, o técnico Nelson Mourão andando de um lado para o outro atordoado, disse que, quem não quisesse jogar que avisasse. O goleiro Sandro Carioca disse que tinha vergonha.

Na volta para a segunda etapa o Palmas mudou seu esquema de jogo para 4-4-2 com a saída do volante de contenção Magno para entrada do atacante Tiago. Na primeira metade da etapa final o time foi para cima, inclusive marcando a saída de bola do Atlético a pedido de Mourão, que ainda colocou a revelação das categorias de base do Palmas, Luccas no lugar do meia Julhy.

O jovem jogador protagonizou o único lance de perigo do time tocantinense durante a partida. Com sua habilidade, aos 22 minutos, pegou uma bola pela intermediária direita, carregou para cima do defensor atleticano cortando para dentro passando no meio da zaga e batendo para o gol. A bola tocou caprichosamente na trave e foi para fora, não possibilitando o gol de honra do Palmas. O Galo neste momento só administrava. Geninho então mexeu no time tirando Gérson para entrada de Sidnei; Marques para entrada de Márcio Araújo e Marinho, que vem a muitas partidas sem marcar para entrada de Marcelo Nicácio, queimando a regra três.

O alvinegro foi para cima e ainda fez mais três gols fechando o fuzilamento do tricolor em 7x0. Nicácio batendo de fora da área no canto sem chance para o goleiro, após limpar o lance; Marcio Araújo em sutil toque de cobertura e Danilinho esticando a perna aos 45 para fechar os números da partida.

Falhas

Enquanto o Clube Atlético Mineiro entrou em campo compenetrado e concentrado, o Palmas estava deslumbrado com a tradição do Galo das alterosas de Minas Gerais. Pudemos perceber também que apesar de não ter chovido durante o dia o gramado estava úmido, o que sugere que tenha sido molhado antes da partida. Em um gramado nestas condições a bola corre mais e favorece o time mais técnico. Ninguém da diretoria do Palmas ou da comissão técnica, entretanto, soube dizer se realmente haviam irrigado. Apenas levantaram a suposição que ultimamente está serenando muito durante a noite.

Outra questão, esta de nossa própria ilação descontraída, foi o fato do tricolor da capital entrar para jogar todo de azul praticamente em uma semana que antecede o principal clássico mineiro entre Atlético e Cruzeiro. Os alvinegros podem ter pensado; "são os caras, vamos para dentro deles".

Fatos lamentáveis

Uma torcedora atleticana saiu ferida no final da partida e foi atendida pelos paramédicos de plantão. Nicole de Castro sofreu ferimento na boca após ser atingida na saída por um objeto não identificado. Segundo amigos de Nicole eles não viram nada apenas ouviram um estouro e o sangue correndo da boca da torcedora.

Palmas

Sandro Carioca, China, Alison e Júnior Pereu; Rafael Lima, Quezado (Nona), Magno (Thiago), Julhy (Lucca) e Ilan; Jocion e Hiderlando

Técnico: Nelson Mourão

Atlético-MG

Edson; Coelho, Marcos, Leandro Almeida e Agustín Viana; Rafael Miranda, Renan, Gérson (Sidnei) e Danilinho; Marques (Márcio Araújo) e Marinho (Marcelo Nicácio)

Técnico: Geninho

Renda: R$ 158.820,00

Público pagante: 9.941

Público não pagante: 1.200

Total: 11.141

Data: 27/2/2008 (quarta-feira)

Local: Estádio Nilton Santos, em Palmas (TO)

Árbitro: Domingos de Jesus Viana Filho (PA)

Assistentes: Márcio Dias (PA) e Fernando Miranda (PA)

Cartões amarelos: Magno (Palmas); Marcos, Márcio Araújo (Atlético)

Gols: Gérson, aos 9min e 41min, Marques, aos 12min, Danilinho, 29min do primeiro tempo; Marcelo Nicácio, aos 37min, Márcio Araújo, aos 40min, Danilinho, aos 45min do segundo tempo