Em entrevista ao repórter Vassil Oliveira do jornal Tribuna do Planalto, na semana que passou, o prefeito Raul Filho não admitiu que será candidato à reeleição, mas disse que não teme enfrentar o ex-governador Siqueira Campos e a União do Tocantins, força política com a qual tem feito enfrentamento a mais de 10 anos.
Para que isto ocorra o primeiro passo será mostrar o que foi feito na cidade nos últimos três anos. Na área da educação Raul diz que talvez não haja no país uma cidade que tenha investido tanto quanto Palmas. Para avalizar o que fala, cita o reconhecimento do Ministério da Educação, onde o ministro Fernando Haddad em várias oportunidades tem destacado a educação municipal de Palmas.
O chefe executivo da capital disse em tom de desabafo, que, quando assumiu a prefeitura “os dois primeiros anos foram simplesmente cruéis”. Ele informou que foi um período de pagamento de dívidas, ajuste da estrutura e reorganização da máquina administrativa, e que, foram exatamente estas ações que levaram ao desgaste na opinião pública, por medidas inadiáveis que tiveram que ser tomadas.
Segundo Raul Filho, quando assumiu a prefeitura, era como se estivesse operando uma pocilga. A cidade estava abandonada, a estrutura literalmente dilacerada. Os funcionários não tinham sequer onde sentar e a folha de pagamento superava o institucional, ficando no limite da lei de responsabilidade fiscal.
Raul disse que não existia um único projeto na prefeitura, muito menos nos ministérios, “tivemos que fazer tudo do zero”, disse, segundo ele, sem apoio no congresso.
Questionado sobre a possível falta de respaldo popular no escrutínio de outubro, o prefeito foi nostálgico. “O que fizemos se não for lembrado hoje e sim daqui a quatro, oito anos, será lembrado com muita saudade”. Ele disse que neste caso estará muito vivo e ainda jovem esperando pela resposta para, quem sabe, dar seqüência ao trabalho.
Sobre a parceria que tem implementado com o governador Marcelo Miranda, Raul filho disse que a relação é a mais perfeita possível, mas não tem nenhum compromisso de apoio em campanha. “Institucionalmente a prefeitura e o Palácio têm perfeita relação. O governador é uma pessoa com quem convivi dez anos como deputado, como colega”, disse.