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Polí­tica

Desde que notícias sobre o sucateamento das Forças Armadas ganharam espaço na imprensa, lideranças de todo o país se mobilizam na expectativa de mudar a realidade. Agora surge uma aliada de peso. A Câmara Federal instalou na última quarta-feira a Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia.

Composta por 234 membros fundadores, a frente reúne deputados de todos os estados, de todos os partidos e matizes. Os oito deputados federais de Roraima aderiram ao movimento que tem por objetivo buscar meios junto ao Governo Federal e outras instituições públicas para incrementar a infra-estrutura das três Armas na Amazônia.

O corpo diretivo da Frente é formado pelo presidente Édio Lopes (PMDB), o vice, deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e a secretária executiva, Vaneza Graziotin (PC do B-AM). A reunião de instalação aconteceu no Plenário 6, da Câmara, contando com a presença das principais estrelas da Casa e assessores das três Armas.

De acordo com o presidente, o próximo passo será marcar o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio ao Exército na Amazônia, em sessão solene. Para este evento são esperadas expressivas autoridades do país, entre elas, o vice-presidente da República, José Alencar, que no primeiro mandato do presidente Lula exerceu o cargo de ministro da Defesa.

"A partir da próxima semana, a comissão executiva da frente agendará audiências com o ministro da Defesa, Nélson Jobim, com o comandante da Marinha, almirante Moura Neto, com o comandante do Exército, general Enzo e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Junito Saito", informou o deputado Édio Lopes.

Movimento

A coleta de assinaturas para a criação da Frente acontece desde o início do ano tendo como motivo principal a decrescente capacidade operacional das três Forças em toda a extensão da Amazônia. Na escala dos fatores limitantes estão os recursos financeiros e a depreciação dos equipamentos.

Parlamentares admitem que fatos importantes como a possibilidade de incursão das Farcs em território brasileiro, cultivo de coca ou maconha na fronteira, preocupam. Mas, episódios como resistência à presença de autoridades militares ou legislativas em áreas indígenas também contribuem para a tomada de posições visando resguardar os interesses da soberania nacional.

Fonte: Folha de Boa Vista