Após a aprovação do requerimento em regime de urgência na sessão ordinária desta quarta-feira, dia 26, que pede esclarecimentos à Celtins sobre como é determinado o valor da energia elétrica no Estado, o deputado Stalin Bucar (PSDB) utilizou a tribuna para discutir o assunto. Segundo Bucar o consumidor paga uma série de encargos que a fatura não mostra.
Ele reiterou que o Tocantins tem a segunda taxa mais cara do Brasil, perdendo apenas para o Mato Grosso do Sul. “Com seu potencial hídrico, o Estado não deveria estar pagando tanto, já que o Tocantins vende energia mais barata para outras unidades da federação do que para os consumidores locais.”
Outro ponto citado por Stalin foram os baixos valores das indenizações pagas às populações atingidas com a construção das barragens. O deputado Marcello Lelis (PV) parabenizou o tucano pela iniciativa e sugeriu ainda o encaminhamento de um requerimento pedindo à Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para dirimir as dúvidas sobre a responsabilidade do preço cobrado no Tocantins.
Já o deputado Eli Borges (PMDB) argumentou que “a energia no Tocantins é cara por duas razões básicas: a primeira é que a política de concessão do serviço aprovada na época de sua implantação não trabalhou corretamente os valores a serem cobrados; a outra são ingerências feitas pela legislação federal que fazem com que a energia tocantinense seja vendida nos leilões do eixo Rio - São Paulo. Estes são fatores que precisam ser rediscutidos”, afirma.
Campeão Mundial
O parlamentar argumenta que o Brasil é o campeão mundial de encargos cobrados na conta de luz. Ele cita dados, fornecidos pela consultoria Pricewaterhouse Coopers, que atestam que 43,7% do valor da fatura são compostos por encargos, impostos e tributos.
Para Stalin, considerando que, no Estado, operam mais de 10 usinas e centrais geradoras de energia elétrica, “não se justifica o elevado imposto cobrado neste tipo de consumo no Tocantins”.
Da redação com informações Dicom/ A.L