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Economia

O orçamento da instituição para este ano é de R$ 4,7 bilhões, dos quais cerca de 25% estão aplicados em empreendimentos sustentáveis no Norte do País.

"Temos recursos para emprestar, mas sentimos falta de bons projetos", afirmou seu presidente Abidias José de Souza Junior, que esteve, ontem, em São Paulo prospectando empreendedores interessados em investir na região, durante o Fórum de debates político-empresarial da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

"Nosso foco está voltado para produtos com déficit de abastecimento na região Norte". Ele cita como exemplo a farinha de mandioca, que é produzida nos estados do Norte e enviada para o Sudeste para ser empacotada e depois volta para ser consumida.

"Queremos projetos que ajudem a agregar valor aos produtos locais", afirma. O executivo destaca os setores de turismo, hidrocultura e de geração de energia como aqueles que também interessam à instituição.

Segundo ele, o banco já aplica critérios socioambientais na avaliação de risco de crédito, mas, com a definição das novas diretrizes, houve uma visão mais clara da nova filosofia. "Estamos trabalhando em um processo de transição da prática tradicional para uma ação mais voltada à sustentabilidade", afirma o executivo.

A política socioambiental do banco apoia-se em três pontos: a indução, a salvaguarda e a exclusão. A indução se traduz pela prioridade a projetos que tenham forte contribuição não apenas econômica, mas de inclusão social e de respeito ao ambiente.

A salvaguarda aplica-se a empreendimentos que estão no limiar e cuja liberação do crédito é condicionada a uma cláusula de acompanhamento. "É como uma luz amarela, caso o projeto não atenda os requisitos socioambientais solicitados, é exigida a liquidação antecipada, por exemplo." Já a exclusão, ou seja, a não liberação do crédito, ocorre quando o empreendimento tem problemas graves, como ligação com trabalho infantil ou escravo, degradação ambiental entre outros.

Durante o evento, o executivo - que completa este mês um ano à frente do banco - destacou que a instituição está mudando sua marca de BASA (Banco da Amazônia SA) por Banco da Amazônia, como parte da estratégia de captação de recursos e de atração de empreendedores no mercado externo. "BASA não diz nada ao investidor externo, já Amazônia, tem um apelo muito forte." Segundo ele, embora o banco tenha sobra de recursos para emprestar, a idéia é preparar-se para o crescimento esperado da demanda por crédito. "Pelo nosso índice de Basiléia, podemos alavancar até R$ 11 bilhões para nossa carteira de crédito", disse.

Dos recursos previstos no orçamento, cerca de R$ 1,5 bilhão são próprios, e o restante tem origem em repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de outras instâncias de fomento.

Da redação com informações Gazeta Mercantil