Um encontro entre a Secretaria de Defesa Agropecuária e os estados do Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia deve acontecer no dia 19 de maio, em Palmas, para discutir o status da febre aftosa na região e eliminar a Zona Tampão no Tocantins. Este foi o resultado da reunião entre a comitiva tocantinense e a Secretaria de Defesa Agropecuária no Ministério da Agricultura, na manhã desta terça-feira, 29, em Brasília.
Participaram da reunião o secretário de Representação do Estado, Carlos Patrocínio, o presidente da Adapec - Agência de Defesa Agropecuária, Humberto Camelo, o deputado estadual Sandoval Cardoso e os prefeitos dos municípios de Barra de Ouro, Goiatins, Campos Lindos, Recursolândia e São Félix.
A comitiva veio reforçar o pedido do governado Marcelo Miranda, no início do mês, de acabar com a Zona Tampão na região do Estado. A zona é uma área de transição entre os estados vizinhos que têm status inferior em relação à febre aftosa no Tocantins. O Estado é considerado livre da doença há 10 anos, com vacinação.
De acordo com o presidente da Adapec, Humberto Camelo, alguns estados, como o Maranhão, subiram no status sanitário, o que poderia eliminar a Zona Tampão do Tocantins e valorizar o preço da carne bovina da área. “Quando a zona tampão foi criada, em 2000, era necessária, pois o estado do Maranhão, por exemplo, era considerado de risco desconhecido. Hoje o Maranhão é considerado de médio risco e está evoluindo para o status de livre com vacinação. Achamos que hoje esta zona não faz mais sentindo para o Estado, tendo em vista, inclusive, que já se deixou de exigir sorologia dos animais vindos da área de risco para adentrar à zona Tampão”, explicou.
O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, ouviu os prefeitos dos municípios tocantinenses inclusos na Zona Tampão, mas entende que para acabar com esta área é preciso que os estados vizinhos melhorem suas condições sanitárias. “Um trabalho conjunto entre os quatros estados que compõe aquela região vai facilitar (o fim da Zona Tampão), porque se todos adquirirem o mesmo status sanitário, não há necessidade de barreiras entre eles. As barreiras são caras, implicam em impedimento de trânsito animal de um lado para o outro. E o recurso para barreiras poderia estar sendo gasto com vigilância e prevenção”, disse.
A Adapec alega que a Defesa Agropecuária não está considerando as barreiras naturais na divisa do Tocantins e apresentou levantamentos feitos na região que a comprovam como área segura.
A reunião prevista para acontecer na capital tocantinense deve elaborar uma proposta de ação conjunta para melhorar o status sanitário dos quatro estados.
Fonte: Secom