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Foto: Divulgação

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O Amapá deve colocar no mercado, nos próximos meses, os primeiros lotes de pirarucu criado em cativeiro no Estado, um projeto pioneiro que desenvolve-se simultaneamente nos estados da Região Norte do Brasil. O projeto incentiva o desenvolvimento da criação de pirarucu confinado para a produção comercial e, assim, contribuir com a geração de emprego e renda. O pirarucu é um dos maiores peixes de água doce do mundo, tem a carne especialmente saborosa e é nativo da Região Amazônica.

A atividade de criação de pirarucu confinado no Amapá teve inicio em dezembro de 2007 por meio do Projeto Pirarucu da Amazônia, com a implantação de uma unidade de observação na empresa Pesque e Pague Fazendinha, na Rodovia Jucelino Kubitschek, 17 km distante de Macapá, para onde foram levados 350 alevinos, que permaneceram em observação.

No dia 24 de junho de 2008 foi realizada mais uma visita técnica à unidade do Pesque e Pague, na qual técnicos do projeto fizeram a biometria dos peixes, que foram medidos, pesados e analisados para verificação de crescimento e desenvolvimento.

Segundo o gestor do projeto pelo Sebrae/AP, Antônio Viana, “esse é o momento mais importante para o projeto, já que serão analisadas todas as fases cumpridas até agora, desde a preparação do tanque para os alevinos, alimentação, cuidados com a água, entre outros, para a partir daí fazer um estudo de mercado, disse”.

Atualmente, os pirarucus estão com 210 dias, pesando quatro quilos e com 75 centímetros de cumprimento, em média. Para a industrialização será feito um estudo para se verificar o momento certo do abate, se aos 10 quilos, como está previsto no projeto. Além disso, a classe empresarial passará por uma capacitação técnica e consultoria referente ao mercado regional para que tenham conhecimentos relativos ao abate e venda do peixe.

Para o zootecnista Jacob Keldhi, que acompanha o projeto desde o início, “hoje em dia não se fala mais em pesca extrativa, pois não se consegue manter, por exemplo, a exportação retirando da natureza, ou se exporta muito pouco. A saída para a produção comercial no mercado nacional ou internacional é a produção em cativeiro”, disse.

Representantes da Agência de Pesca do Estado do Amapá (Pescap) acompanham o projeto, já que o Sebrae está em fase de seleção para a implantação de novas unidades de observação para o ano que vem. Uma delas é a Pescap, onde já está sendo realizada a avaliação de condições de implantação na fazenda que a ela pertence.

De acordo com Antônio Viana, “essa unidade servirá de comparação com a unidade do Pesque e Pague para, se necessário, aplicar conhecimentos antes incertos, adquiridos na primeira unidade”, afirma o gestor.

O projeto pretende, ainda, produzir um vídeo e um livro com informações sobre a criação do pirarucu em cativeiro. Essa é uma atividade que reduz a caça predatória da espécie e, por meio da comercialização, vai gerar emprego e renda para pequenos produtores.

 

Fonte: Ascom Sebrae no Amapá