Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Foto: João Di Pietro

Foto: João Di Pietro

O jornal Folha de São Paulo destacou em sua edição deste domingo, 6, a Ferrovia Norte-Sul e os benefícios que ela trará para o estado do Tocantins, cuja capital é citada como a “Mesopotâmia brasileira”, por estar entre dois rios. A reportagem diz ainda que a ferrovia vai mudar o mapa agrícola do País, criando o Corredor Centro-Norte

“Não é exagero. Com mais de 500 quilômetros de extensão previstos para dezembro, trecho que ligará o município de Guaraí, na região do médio Tocantins, até Açailândia (MA), onde a ferrovia encontra a Estrada de Ferro Carajás, o corredor ferroviário, também batizado de Corredor Centro-Norte, deflagrou negociações que irrigarão como jamais visto a economia do Tocantins e viabilizará a mais nova fronteira agrícola do País. Novos acordos já elevaram a área plantada em 22%, em relação à safra passada, e o preço das terras duplicou em um ano, atingindo mais de R$ 8.000 por hectare”, diz o texto da Folha.

A reportagem explica as dificuldades dos exportadores hoje e mostra as facilidades que a ferrovia vai trazer a curtíssimo prazo. Entre os exemplos está a exportação de carne bovina, que percorre 2.800 quilômetros de caminhão até o porto de Santos (SP) e de lá percorre de navio mais 2.900 quilômetros de volta até os portos da região Norte, de onde sai para a Europa. A Norte-Sul reduzirá a um quinto esta distância.

À convite da Vale, detentora da subconcessão de operação da ferrovia, a reportagem constatou que 1,7 milhão de toneladas de grãos já são transportados pela Norte-Sul, que já está em condições de operação entre Porto Franco e Açailândia, onde faz conexão com a Ferrovia Carajá, que leva os produtos até o Porto de Itaqui (MA)

No texto, a reportagem exemplifica que “basta olhar o mapa mundial para compreender o significado do Corredor Centro-Norte, elevado agora à escala de milhões de toneladas.” Mostrando que dos portos do Norte partem os grandes navios graneleiros para a Europa, os Estados Unidos ou para o Canal do Panamá. “Pois é essa conta que começa a ser feita por produtores do Tocantins, onde a produção atual não supera 800 mil toneladas por ano. As grandes trades em operação no Brasil, entre as quais Bunge, Cargill, Multigrain e Caramuru, negociam a expansão da produção local ou estudam entrar na região”, diz a reportagem.

 

Fonte: Secom