A próxima safra de grãos do Tocantins já deverá ser escoada pela Ferrovia Norte-Sul, segundo sinalizou o consultor comercial da Valec, Josias Gonzaga, em audiência com o governador Marcelo Miranda, nesta terça-feira, 15, no Palácio Araguaia. A previsão é de que os trens comecem a transportar cargas em março de 2009, de Açailândia (MA) a Colinas (TO), quando os trilhos devem estar concluídos e uma das plataformas da ferrovia ocupada por empresas graneleiras – sendo que algumas empresas já mostraram interesse em participar do empreendimento, segundo o secretário estadual de Indústria e Comércio, Eudoro Pedroza, que também participou da audiência.
Em 21 de outubro, deve ser inaugurada a plataforma da Ferrovia Norte-Sul em Colinas. Em dezembro, deve ser concluída a de Guaraí, somando-se as de Aguiarnópolis e Araguaína, já inauguradas. Quanto aos trilhos, em território tocantinense, a ferrovia parte de Aguiarnópolis (na divisa com o Maranhão) e está chegando a Guaraí, passando por Araguaína, num trecho de 330 km.
Este prazo de operação comercial, para março de 2009, poderá até ser adiantado, a depender da ocupação da plataforma de Colinas, que deve ser a primeira habilitada ao empresariado. Na audiência, inclusive, Gonzaga tratou com o governador sobre a infra-estrutura de serviços públicos e de acesso a esta plataforma (pavimentação, energia elétrica e saneamento).
“A próxima safra de grãos já poderá ser levada para o Porto de Itaqui (rumo ao mercado exterior), e isso traz o desenvolvimento, o progresso, a oportunidade de empregos”, disse o secretário Pedroza, que acompanhou a audiência junto ao empresário José Henrique, da Camargo Correa; e ao presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Carlos Gaguim.
A Ferrovia Norte-Sul atravessa o cerrado brasileiro interligando as regiões Norte e Nordeste ao Sul e Sudeste, colocando o Tocantins, por sua localização, como centro para o transporte de cargas no país. Juntamente ao transporte hidroviário, a modalidade de ferrovia é considerada a opção mais econômica para o escoamento de grandes cargas, levando larga vantagem sobre as rodovias.
Fonte: Secom