Enquanto a produção nacional de arroz apresentou queda ano passado, o Tocantins foi o único Estado a ter sua produtividade ampliada. Os dados são da Pesquisa Agrícola Municipal, divulgada nesta quinta-feira, 17, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo mostra que no período o Brasil perdeu 4,2% de sua produção - com colheita de pouco mais de 11 milhões de toneladas do grão -, o Tocantins foi a exceção, com um incremento de 38,7% na produtividade com relação ao ano de 2006.
O Estado teve uma produção de 364,970 mil toneladas de arroz, o que representa um crescimento de 7,3% se comparado ao ano anterior. A participação no valor total da produção nacional do Estado foi de 3,3%. A contribuição do Tocantins na produtividade brasileira fica atrás apenas de estados como Rio Grande do Sul, o maior produtor brasileiro, com 57,4% da produção nacional; Santa Catarina (9,4%) e Mato Grosso (6,4%) e Maranhão (6,2%). O Estado aparece na mesma posição do Pará, com 3,3% de participação nacional.
O município de Lagoa da Confusão, na região Leste do Estado, foi o principal produtor. O município colheu 126 mil toneladas, o que representa um crescimento de 134,1% em relação à safra anterior, aponta a pesquisa. Destacam-se ainda na produção do grão irrigado no Estado Formoso do Araguaia e Dueré, sem contar que todo o Tocantins produz arroz de sequeiro, explica o coordenador de Fomento Vegetal da Seagro - Secretaria de Agricultura do Estado, Telmo Gosch.
Segundo coordenador, o crescimento na produção tocantinense é conseqüência do aumento de área cultivada. Segundo ele, isso se deve a um trabalho extenso que envolveu a parceria do governo do Estado, a setores de pesquisa que revitalizaram a cultura de arroz e agricultores que aplicaram o que existe de melhor na tecnologia para o setor. “Isso fez com que tivéssemos um aumento de área de 2,7% e de produção de 7,3%”, disse, numa comparação com 2006.
Outro fator que contribuiu para o aumento de produção foi melhores condições de infra-estrutura e de técnica. “O governo investiu muito criando melhores condições de infra-estrutura. Hoje nós temos asfalto, energia elétrica, assistência técnica, além de investimentos em armazenagem e irrigação”, conclui Gosch.
Fonte: Secom