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Campo

Foto: Divulgação

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Com o intuito de desenvolver a primeira linhagem de arroz genuinamente tocantinense, a Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), em parceira com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estuda o grão por meio do Programa de Fortalecimento da Cultura de Arroz. A pesquisa que beneficiará de pequenos a grandes agricultores, é realizada no Centro de Pesquisa Agro Ambiental da Várzea – Unitins, em Formoso do Araguaia, e terá a primeira colheita de variedades, na primeira quinzena de março.

Segundo o coordenador do programa, o professor Expedito Cardoso, no processo de melhoramento ocorre o cruzamento de linhagens de arroz para que surja uma nova variedade. Depois disso, o cereal é selecionado e avaliado de acordo com as condições de clima e solo da região. “Essa pesquisa é um marco que consolida a Unitins e seus pesquisadores devido à importância econômica e social da cultura do arroz para população”, enfatiza o coordenador.

Além de ser a principal cultura agrícola do estado, o arroz mantém o Tocantins em terceiro lugar no ranking brasileiro de seu cultivo, ficando somente atrás dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do Estado para a safra 2013/2014 é de 573,5 mil toneladas - o equivalente a 56% da produção do Norte. A área plantada é de 570 mil hectares é a produtividade é de 4.767 quilos por hectare.

Para a realização da pesquisa, a Unitins em parceria com a Embrapa fez investimentos em infraestrutura, laboratórios, máquinas e recursos humanos. Conforme o pesquisador Cardoso, para criar uma nova variedade de arroz é necessário cerca 10 anos de estudos, no entanto a proposta da Unitins é reduzir esse tempo para cinco anos. “Nossa meta é reduzir esse tempo, e acredito que muito em breve teremos em nossos campos novos tipos de arroz  adaptados a nossa região climática”, ressalta.

Projetos

Dentro do Programa de Fortalecimento da Cultura de Arroz, outros projetos estão sendo executados, um deles é o estudo no combate à doença bruzone,  considerada a mais danosa nas lavouras de arroz e que constitui um dos fatores limitantes para a cultura no Estado. Atualmente são avaliadas 500 variedades de arroz disponíveis no mercado, visando a identificação de materiais resistentes as diferentes raças de bruzone.