O assunto da demissão e recontratação dos servidores do estado foi repercutida na manhã desta terça-feira, 19, na Câmara dos Vereadores de Palmas. O presidente da Casa, Carlos Braga (PMDB) ressaltou durante a sessão plenária que o governador Marcelo Miranda (PMDB) obedeceu à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em exonerar os 35 mil servidores, mas, que em seguida achou por bem nomeá-los novamente. "Foi um ato de grandeza do governador em admitir as pessoas que estavam enquadradas neste caso, pois se isso não acontecesse muitos pais de família estariam prejudicados, como também, o comércio local", disse o peemedebista.
Carlos Braga lembrou que desde a época em que ele era deputado estadual que sabia da inconstitucionalidade do decreto. "O importante é que agora os servidores continuarão a prestar serviços para o Tocantins. Caso não fossem contratados imediatamente o estado pararia", frisou o parlamentar.
O presidente destacou que o que foi debatido pelo STF foi à forma da nomeação dos funcionários públicos e não a quantidade deles, uma vez que esses tipos de cargos foram nomeados desde 2000 através do decreto criado pelo ex-governador Siqueira Campos, que por sua vez Marcelo Miranda também nomeou mais servidores.
Segundo o vereador Orion Milhomem (PMDB) o assunto da demissão dos servidores no Tocantins foi repercutida nacionalmente pela mídia, e para ele essa situação só resolveria com concurso público. "Ainda bem que o governador admitiu os funcionários. Porém, muitos deles que foram contratados novamente pelo Estado são somente para trabalhar na eleição", disse Milhomem.
Braga questionou - o colega sobre a recontratação dos servidores que seria para trabalhar na eleição -, respondendo que a Prefeitura de Palmas também está nomeando funcionários, e, portanto ele não poderia afirmar que seria para ajudar na campanha do prefeito Raul Filho (PT). "Será que os 35 mil servidores vão votar no candidato do governador? Gostaríamos que sim, mas nem todos pensam igual. E cada um tem uma forma de governar", ponderou o presidente da Casa.
Já o vereador Dr. Sebastião Silveira (DEM) rebateu as criticas de Orion Milhomem, dizendo que o governador Marcelo Miranda é democrático e solucionou o problema dos exonerados de imediato, os recontratando em seguida. "Agora no município foi divulgado que os servidores estariam sendo obrigados há trabalhar uma hora por dia para na campanha de Raul Filho", disparou Silveira.
O vereador José Damaso (PDT) afirmou que na administração de Raul Filho não ficou registrado a contratação tão grande como foi essa que aconteceu no Estado. "Não conheço servidor municipal que é nomeado e que não trabalhe", disse Damaso.
A vereadora Edna Agnoli (PDT) que é candidata à vice-prefeita na coligação "Força Popular" do petista Raul Filho, parabenizou a decisão do governador em admitir os funcionários, ponderando que ele (Marcelo) somente exonerou os servidores porque foi uma situação necessária, e que um concurso público é de extrema urgência.
PAC
Edna avisou aos presentes na sessão que as obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) foram restabelecidas em Palmas pela Controladoria-Geral da União (CGU), e que os recursos serão liberados, de acordo com o que foi divulgado pela CGU.
Umberto Salvador Coelho
Da redação com informações Dircom/ CM Palmas