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Opinião

As novas tecnologias de comunicação estão transformando com assustadora rapidez os hábitos e costumes, o modo de vida do ser humano. Com o boom da informática, lá pelo início dos anos 90, sentenciou-se o fim do livro como conhecido até então, o suporte tradicional para qualquer publicação de obra literária ou não. Apostava-se nos livros virtuais, textos digitais para ler na tela do computador. Eu me manifestei descrente dessa previsão, desde sempre, e não fiquei sozinho nisso. Primeiro, porque o avanço da informática a produzir recursos cada vez completos e indispensáveis para a produção de impressos, facilitava cada vez mais a edição de livros, revistas e jornais. Segundo, porque o monitor do computador, com tubo de imagem que emitia brilho e radiação excessivos, não permitia que o ser humano lesse nele textos extensos, como as volumosas páginas de um romance. Os olhos do homem não foram feitos para suportar por tanto tempo uma superfície emitindo brilho continuamente, com o risco de comprometer seriamente a visão. E os e-books, então, não vingaram.

Mas no início do novo século os monitores de LCD, que não emitem tanto brilho, se popularizaram e novos suportes para a leitura de textos digitais, como o E-book Reader, aparelho do tamanho de um livro, de tela fosca, que não emite luz e imita uma folha de papel para se ler livros eletrônicos; como o Celular, que já tem arquivos de textos (livros) apropriados para ele; como os computadores de mão (Palmtops), que lêem os e-books que também podem ser lidos no computador tradicional (desktop) e no notebook. E por aí afora.

Então, apesar de não acreditar que o livro impresso em papel vá acabar, sei que já existe uma pequena legião de leitores que lêem e-books. Até eu me surpreendi lendo dois ou três livros, um de 345 páginas, na tela do meu notebook, recentemente, ao receber a nova obra de alguns amigos escritores em PDF, antes de o livro ser impresso.

De maneira que eu não acredito no fim dos livros tradicionais, do texto impresso no papel, nem na popularização a curto prazo do e-book, mas já admito que a leitura de textos digitais em suportes novos modernos é uma possibilidade. É o futuro chegando, o progresso da tecnologia mudando hábitos e costumes.

 

Luiz Carlos Amorim

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