Após quatorze dias de paralisação, os bancários do Tocantins voltam ao trabalho. A categoria decidiu pelo fim da greve em assembléia realizada na noite desta quarta-feira, 22, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Tocantins (Sintec-TO).
Segundo o presidente da Entidade, Crispim Batista Filho, a proposta apresentada pelos bancos é razoável dentro do que a categoria precisa atualmente. "Apesar de não ser o ideal, visto que pedíamos 16% de reajuste, é um avanço o que conseguimos", afirma o presidente, acrescentando que o sindicato continuará acompanhando as negociações, já que não houve fechamento de todos os acertos a serem feitos. Segundo Crispim os bancários continuam em estado de greve, podendo voltar à paralisação a qualquer momento.
O estado de greve acontece como medida cautelar da categoria para caso algum banco não cumpra com algum acordo feito na mesa de negociação, haja uma forma de renegociar. "Enquanto houver estado de greve, os funcionários de todos ou de um banco só, pode solicitar do Sindicato uma nova mobilização e o retorno á greve", explica Crispim.
Sobre o movimento de greve realizado no estado em que se chegou a paralisar quase 90% da categoria Crispim faz uma avaliação positiva. "Tivemos uma adesão massiva da categoria, com dias em que chegamos a fechar as 46 maiores agências do Estado e isso vem mostrar que estamos com uma classe cada dia mais consciente de seus direitos e das formas de reivindicá-los", diz.
Proposta aceita
Os bancários param a greve aceitando um reajuste salarial de 10% para os empregados que, em 31.08.2008, recebiam remuneração fixa mensal de até R$ 2.500,00, e reajuste de 8.15% para os empregados que, em 31.08.2008, recebiam remuneração fixa mensal superior a este valor, com as compensações previstas em convenção. Quanto a PLR que também é uma questão bem enfatizada pela categoria, os bancos ofereceram 90% do salário reajustado, acrescido do valor fixo de R$ 966,00, limitado ao valor de R$ 6.301,00.
Reivindicações dos bancários
A classe pedia um reajuste de 16%; gratificação de caixa equivalente a 50% da remuneração; auxílio refeição com 30 tíquetes refeição no valor de R$ 20,00 cada; auxílio cesta alimentação de R0,00 mensais através de crédito em cartão eletrônico ou sob a forma de quatro tíquetes de R$ 95,00 cada; auxílio educação no valor de R$ 415,00 para cada filho para os empregados com dependente com idade entre 6 e 14 anos; auxílio creche/babá no valor de R$ 415,00 para cada filho, até que o mesmo complete 83 meses de idade. E por último, PLR a todos os empregados, inclusive aos afastados equivalente a 10% do lucro líquido do exercício de 2008, garantindo-se, no mínimo, duas remunerações brutas mais verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro/2008, acrescidas do valor fixo de R$ 3.350,00 a todos os funcionários, sendo: a) antecipação de 50% da parte variável da PLR mais o valor de R$ 1.675,00 da parte fixa no mês de setembro de 2008, e b) Pagamento da segunda parcela nas mesmas bases até o dia 01 de março de 2009.
Agências fechadas no último dia de greve no Tocantins
BANCO DO BRASIL
PALMAS/TO
AG. Bosque dos Pioneiros
AG. Avenida Teotônio Segurado
AG. Avenida JK
AG. Taquaralto
AG. Praça dos Girassóis
AG. Serra do Carmo
INTERIOR/TO
AG. Araguatins
AG. Augustinópolis
AG. Gurupi
AG. Miracema
AG. Porto Nacional
AG. Paraíso do Tocantins
AG. Tocantinópolis
AG. Colinas
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
PALMAS/TO
AG. Palmas/TO
AG. Tocantins
AG. Prefeitura
AG. Escritório de Negócios
AG. Gidur
AG. Ministério Público
AG. Taquaralto
INTERIOR/TO
AG. Paraíso do Tocantins
AG. Araguatins
AG. Araguaína
AG. Colinas
AG. Gurupi
AG. Miracema
AG. Porto Nacional
BANCO DA AMAZÔNIA
PALMAS/TO
Superintendência
AG. Palmas
INTERIOR/TO
AG. Araguatins
AG. Gurupi
AG. Miracema
AG. Porto Nacional
AG. Tocantinópolis
AG. Natividade
AG. Paraíso do Tocantins
BANCO REAL
AG. JK - Palmas
UNIBANCO
AG. Palmas