Vários deputados cobraram ações emergenciais dos órgãos competentes no combate ao calazar e outras enfermidades, como dengue e hanseníase, que ameaçam a saúde da população tocantinense. Os discursos aconteceram na sessão matutina desta quarta-feira, dia 5. O presidente da Casa, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), lembrou que o Parlamento está empenhado em contribuir com soluções para evitar que essas enfermidades virem epidemias no Estado.
Uma das sugestões apresentada por Gaguim foi a possibilidade da realização de uma reunião extraordinária da Comissão Saúde e Meio Ambiente, para esta semana, imediatamente convocada pelo deputado José Viana (PSC), vice-presidente.
Os deputados José Geraldo (PTB), Paulo Roberto (DEM) e Stalin Bucar (PSDB) também defenderam ações conjuntas entre o Parlamento, governo estadual e municípios, no sentido de criarem uma agenda comum para impedir que o calazar atinja o mesmo patamar de casos como a dengue.
De acordo com o deputado José Viana, não existe tratamento eficaz para o cão contaminado e a tentativa de cura feita no homem não tem o mesmo efeito em cães. “Do ponto de vista de saúde pública, somente o sacrifício do animal pode eliminar a doença, porque a grande maioria dos cães positivos abriga parasitas, o que favorece a infecção e permite a transmissão para o homem e para outros cães”, esclareceu.
Leishmaniose
A leishmaniose ou calazar é transmitida, por intermédio da picada do mosquito flebótomo. Geralmente, a doença acomete cães sadios, enquanto que, nos humanos, ela tem predileção por pessoas com imunidade baixa (crianças, idosos, doentes). O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de dois meses a seis anos.
Penaforte Diaz