Formada por 10 militares integrantes da Banda de Música da 1ª CIPM – Companhia Independente da Polícia Militar, de Arraias (TO), a orquestra do entrudo foi convidada a participar do lançamento do Circuito Cultural Caminho de Anhanguera, no próximo dia 15, na Universidade UPIS de Brasília.
Por realizar um trabalho de resgate cultural, a orquestra de Arraias se apresentará juntamente com outras cidades consideradas importantes para a história de Goiás. Regida pelo maestro subtenente Marcos César de Almeida Pimentel, a orquestra é composta por músicos militares da PM-TO, naturais de estados do nordeste como: Pernambuco e Alagoas.
Há 16 anos, a “Bandinha do Entrudo”, como é carinhosamente chamada na região, participa do “carnaval arraiano” valorizando a tradição tocando marchinhas carnavalescas pelas históricas ruas de Arraias, subindo e descendo ladeiras.
Entrudo
O costume de se brincar no período do carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVI, com o nome de Entrudo. Na Idade Média, comemorava-se o período carnavalesco em Portugal com brincadeiras que variavam de aldeia para aldeia. Em algumas se notava a presença de grandes bonecos, chamados de "entrudos". No Brasil, essa forma de brincar — que consistia num folguedo alegre mas violento — já pode ser notada em meados do século XVI, persistindo, com esse nome, até as primeiras décadas do século XX.
O entrudo português chegou ao Brasil no século XVII. Os foliões lambuzavam suas cabeças com farinha e bexiga d´agua. Durante a Colônia e o Império, o entrudo foi proibido inúmeras vezes. O carnaval e o entrudo de Arraias tem preservado a tradição de séculos.
Lorena Ursula