Dezessete famílias das localidades de Santana e Braço Forte, em Estreito (MA), e das cidades de Darcinopólis e Palmeiras do Tocantins (TO), interferidas pela implantação da Usina de Estreito, conheceram no último sábado (8/11) a Fazenda São João, localizada a 5 km de Palmeiras do Tocantins, que foi adquirida pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste) para fins de reassentamento rural coletivo.
O projeto arquitetônico das casas e o parcelamento dos lotes foram apresentados pela Gerência de Projetos Sociais do Ceste e pelas empresas contratadas Barros Engenharia e Engetec, durante uma reunião denominada “Dia de Campo”, realizada na própria fazenda.
A fazenda, que foi indicada pelas famílias, tem mais de 564 hectares e, será dividida em cerca de 30 lotes, respeitando a modalidade de reassentamento atribuída a cada família.
O projeto do reassentamento conta também com benfeitorias como a construção de um centro comunitário coletivo, que inclui um galpão de 100 m² com salão para eventos, banheiros (masculino e feminino) adequados para deficientes, cozinha e um curral coletivo para a vacinação dos animais dos reassentados.
Além disso, os técnicos da empresa Barros Engenharia enfatizaram aos futuros reassentados que, de acordo com a legislação ambiental vigente, 35% da área têm que ser destinada à reserva legal. “A área é muito grande. Eram duas fazendas de criação extensiva com uma terra muito boa, que agora serão divididas em parcelas de pecuária e agricultura”, disse o técnico Admar da Silva, da Engetec Engenharia que já trabalha no projeto do reassentamento na fazenda há alguns meses.
Para a produtora rural Maria Cleudimar Carvalho da Silva, 44, que plantava cebola, tomate e feijão no Povoado Santana, em Estreito (MA), só o fato de já ter a terra é uma grande satisfação. “Tendo a terra já fico satisfeita porque temos um lugar certo para ficar com os filhos. Agora é esperar a casa ficar pronta e começar a plantar”, enfatiza a agricultora que possui seis filhos.
A alegria é compartilhada também pela aposentada Raimunda Mendes de Souza, 66, que gostou do projeto. “Em toda a minha vida sempre acreditei no Ceste, mas o povo fica colocando um monte de coisas na cabeça da gente. Mas graças a Deus vai dar certo”, comemora.
O projeto de reassentamento, além das casas, inclui lotes cercados, energia elétrica, acesso, distribuição de água e área de lavoura plana. O Ceste também disponibilizará para as famílias, durante os três primeiros anos, assistência técnica que implica no auxílio de profissionais especializados, tais como engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas e assistentes sociais, que vão orientar as famílias nessa fase de mudança e adaptação, além da cesta básica pelo período de 12 meses, para complementar a renda familiar.
“Estou tranqüilo! A terra é boa, já andei muito aqui na fazenda. É muito importante o Ceste trazer a gente aqui pra escolher as coisas e ver que todo mundo ficou satisfeito” destacou o senhor Francisco de Assis Miranda, 36.
“Este é mais um passo importante que o Ceste dá para mostrar sua seriedade, transparência e cumprimento do Plano de Remanejamento da População. Um empenho que vem, desde o presidente do Consórcio, até o técnico de campo, em fazer tudo pensando no conforto e no bem estar dessas famílias”, destaca a Gerente de Projetos Sociais, Nilva Mariano.