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O formato de ensino médio de tempo integral nas escolas públicas, já em vigor em algumas escolas no Tocantins, será apresentado ao Brasil nesta terça-feira, 16, por uma comissão da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo aos ministros Fernando Haddad (Educação) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), em Brasília.

Pelo projeto que será apresentado, o aluno terá a chance de formatar a própria grade de estudos, escolher disciplinas e deixar para trás o método único de aprendizado imposto a todos, que não leva em conta características e aptidões individuais.

A idéia é contemplar as necessidades reais dos estudantes e não somente a preparação para o vestibular. Para isso, uma das primeiras providências é deixar os estudantes mais tempo nas salas de aula.

As novas diretrizes curriculares nacionais promoverão, em primeiro lugar, a ampliação da carga horária para além das quatro horas diárias atuais. A segunda conseqüência é a flexibilização do currículo. A exemplo de outros países, haverá uma base obrigatória, composta por português, matemática, história e literatura, mas será permitido aos alunos escolher o restante das matérias, de acordo com o perfil e as aspirações profissionais, considerando as normas definidas pelos estados, que têm autonomia para estabelecer as próprias bases.

O terceiro ponto, segundo a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, é uma provocação ao país: os deputados não poderão mais aprovar disciplinas obrigatórias à revelia, como foi feito recentemente com música e educação sexual. “Cada sistema deve ter uma base nacional comum, mas, cada vez que o Congresso Nacional torna obrigatória nova matéria na grade, agrega algo mais no ensino médio e, com certeza, o conhecimento fica mais superficial”, afirma.

Experiências com o novo modelo já estão em curso também em Pernambuco e Paraná. A implantação em todo o país deve ocorrer gradativamente. O objetivo do ministério é superar as duas vertentes atuais do nível médio.

A primeira tem enfoque na formação geral e é considerada um degrau para o curso superior, uma espécie de preparatório para o vestibular. A outra tem ênfase na capacitação profissional e visa à formação técnica no nível médio para o ingresso imediato no mercado de trabalho.

A medida em estudo propõe que as últimas séries da educação básica sejam integradas: formar profissionais a partir de uma carga horária ampliada, articulando conhecimentos voltados para os aspectos generalistas.

Da redação com informações do Estado de Minas