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Meio Ambiente

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O PEC - Parque Estadual do Cantão está entre as sete unidades de conservação da Amazônia que tiveram sua administração aprovada por avaliadores independentes em 2008. A informação foi repassada pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente.

Essas unidades integram o GesPública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e tiveram sua avaliação divulgada nesta semana. Conforme o MMA, os resultados iniciais do programa ratificam a expectativa de que tecnologias gerenciais, como gestão por processos e a orientação para resultados, podem ser aplicadas às unidades de conservação, levando a melhorias significativas de seus resultados.

Em sua primeira fase, o PGR - Programa de Gestão de Resultados, além do Parque Estadual do Cantão, atuou no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP), Cabo Orange (AP), Jaú (AM), Navilhanas (AM), e nas Reservas Biológicas do Rio Trombetas (PA) e Lago Piratuba (AP). Para 2009, a meta é levar o programa a outras nove unidades de conservação federais e estaduais da Amazônia, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), gerido pelo MMA.

Na avaliação, o Parque Estadual do Cantão se destacou ao obter 205 pontos, dos 250 pontos previstos para essa fase da GesPública. A pontuação credenciou a unidade a ser avaliada na segunda fase do PGR, no ano que vem, podendo atingir 500 pontos. Conforme o MMA, o novo critério é destinado somente às organizações mais maduras e com práticas de gestão mais eficientes.

A entrada de parques e reservas da Amazônia no programa de excelência na gestão começou em 2006, por meio do PGR. Desenvolvido pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia, do MMA, com a Cooperação Técnica Brasil-Alemanha (GTZ) e o Núcleo de Excelência em Unidades de Conservação (Nexucs), o PGR utiliza como referencial o Modelo de Excelência em Gestão (MEG), que é a base do Prêmio Nacional da Qualidade e o Prêmio Nacional da Gestão Pública.

Parque Estadual do Cantão

Criado em junho de 1998 – lei n° 996/98 – com o objetivo de proteger os recursos naturais de seu interior, recuperar os impactos sobre as áreas degradadas e promover o desenvolvimento sustentável da região de forma a aproveitar o potencial turístico compatibilizando com a conservação, o Parque Estadual do Cantão, com área definida de aproximadamente 90 mil hectares abrangendo os municípios de Caseara e Pium, abriga um dos grandes espetáculos da Amazônia.

Em suas ilhas, lagoas, canais e matas alagadas de várzea, encontram-se animais e plantas da floresta Amazônica, do cerrado e dos pantanais do Araguaia, numa exuberância ímpar. Sua área é banhada pelo rio Araguaia, com suas inúmeras praias de areias brancas e finas, entremeadas por rios como o Coco e Javaé, e canais de águas transparentes e rasas.

Mais de 500 espécies de aves podem ser avistadas no Parque e seu entorno. Botos, jacarés e tartarugas são presença constante nos canais e nas praias do Parque. Em suas 833 lagoas e lagos concentram-se peixes da bacia do Araguaia, proporcionando uma experiência espetacular para o pescador esportivo. Uma ampla rede de canais naturais, onde a floresta e os animais podem ser vistos com intimidade, torna a região um paraíso para o ecoturismo.

Na estação seca, entre junho e setembro, as águas dos rios baixam e revelam amplas praias de areia branca e fina, onde tartarugas, gaivotas, talha-mares e outras aves aquáticas fazem seus ninhos. Nessa época, grandes cardumes de corvinas e fidalgos transitam pelos canais entre as ilhas do Araguaia. Tucunarés, pirararas, pacús, piranhas e outros peixes concentram-se nos grandes lagos isolados no meio da floresta durante a seca.

Na época das cheias as aves da floresta fazem seus ninhos e criam seus filhotes. Ninhos de inúmeras espécies podem ser vistos com facilidade nas margens de rios e no interior dos igapós, muitas vezes a poucos palmos acima da água que os rodeia e protege dos predadores. No topo das árvores, bandos de macacos e quatis são facilmente avistados, alimentando-se dos frutos abundantes.

É um ecossistema único, uma vasta planície no coração do Brasil, no ponto exato onde o rio e floresta, pantanal, cerrado e Amazônia se encontram e se mesclam, regidos pelo grande ciclo anual das enchentes.

O Parque é dotado de equipamentos para monitoramento, fiscalização e pesquisa, voltados para a proteção da área. Existem planos para o seu manejo, tais como a implantação de um módulo ecoturístico, com centro de visitantes, aeroporto, museu e estrutura de hospedagem (restaurantes, lojas, quiosques, trilhas, cais para embarcações). Após a conclusão do plano de manejo, a iniciativa privada será convidada a aprimorar a estrutura, sempre visando o desenvolvimento sustentado.

Diversos passeios ecológicos podem ser feitos em trilhas a cavalo, expedição em canoas ou caiaques, cruzeiros fluviais, safári fotográfico ou mesmo em visita ao projeto quelônios, voltado para conservação de tracajás e tartarugas em período de reprodução.

 

Da redação com informações da Secom-TO e MMA