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Campo

O Consórcio Antiferrugem identificou até a quarta-feira, dia 11 de fevereiro, a ferrugem asiática da soja em 11 estados brasileiros: PR, GO, MS, MT, RO, MG, MA, BA, RS, SP e SC. São 822 ocorrências da doença. Apesar da seca que atingiu o Paraná, no início da safra, e colaborou para atrasar o aparecimento da ferrugem, o estado - segundo produtor brasileiro de soja - já conta com o maior número de focos, (263), seguido de Goiás (171), do Mato Grosso do Sul (152) e do Mato Grosso (93). A localização dos focos pode ser acompanhada no site (www.consorcioantiferrugem.net).

Segundo o pesquisador Rafael Soares, da Embrapa Soja, o atraso na detecção da doença e sua lenta dispersão, na safra atual, foram motivados pela ampla adoção do vazio sanitário (período de 60 a 90 dias - variável entre as regiões - de não plantio da soja durante a entressafra) e pela estiagem, no início da safra. “O fungo causador da doença precisa de chuvas frequentes para se instalar na lavoura”, afirma Soares.

Há cerca de um mês, as chuvas vem se intensificando no Sul do País e em outras regiões que sofriam com a estiagem, fator que tem favorecido o aumento acentuado da ferrugem. Por isso, os cultivos mais tardios de soja podem ser prejudicados pela doença. “As plantas que estão no estágio reprodutivo (ainda não chegaram na maturação) podem ser atingidas pela ferrugem. Neste caso, a doença interfere na formação dos grãos e pode prejudicar a produtividade”, explica o pesquisador.

Soares ressalta que o controle químico com fungicidas é, atualmente, o principal método de controle da doença. Para ele, “o momento da aplicação dos produtos é crucial e deve ocorrer na ocasião em que são detectados os primeiros sintomas da ferrugem ou preventivamente, o que exige monitoramento constante para não deixar a doença se alastrar na lavoura”, explica.

PERDAS - Desde a sua ocorrência na safra 2001/2002 até a safra de 2007/2008, estima-se que a ferrugem asiática da soja tenha onerado o Brasil em mais de US bilhões, somando-se as perdas de produtividade e o custo para o controle da doença, segundo informações do Consórcio Antiferrugem. A tabela elaborada pelo Consórcio Antiferrugem tem informações sobre os números estimados quanto às perdas na produtividade e custo total do ataque da ferrugem asiática em cada safra, desde a safra 2001/2002. Também apresenta um sumário acerca da situação geral na safra destacando as regiões mais afetadas pela doença (Confira aqui)

Tocantins

Nesta safra ainda não foi detectada nenhuma ocorrência no estado do Tocantins. Em janeiro do ano passado, foi descoberto um foco na região Campos Lindos, a 491 km de Palmas, região Noroeste de Tocantins.

O foco foi descoberto depois de monitoramento de inspetores agropecuários da Adapec (Agência de Defesa Agropecuária), e confirmado pelo laboratório da UFT (Universidade Federal do Tocantins).

O diretor de defesa vegetal da Adapec, Luís Henrique Michelin, disse à época, que a notificação era natural no processo de monitoramento das áreas de cultivo e não serviria como alarde para a produção do grão no Estado. Segundo Michelin onde se planta soja é normal que apareça a praga, que é combatida com aplicações de fungicidas.

 

Da redação com informações Embrapa Soja