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Estado

Foto: Ilustração

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A Administração da Hidrovia Tocantins e Araguaia (AHITAR) fechou um convênio com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo para a realização de um trabalho de pesquisas e monitoramento do Rio Araguaia. O trabalho será coordenado pela maior autoridade brasileira em investigações de ambientes submersos, o geólogo e pesquisador Luiz Antônio Pereira de Souza, conhecido no meio científico somente como Laps.

Há 28 anos no IPT o pesquisador já investigou o fundo de mares e rios na Antártica, no Japão, na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Desde novembro do ano passado, tornou-se responsável por um equipamento, que apesar da extrema sofisticação, foi logo apelidado de “peixinho”.

O equipamento, na verdade, é um moderno sonar de varredura lateral, que detecta o fundo de rios e represas e transmite imagens para a superfície. Segundo Laps, “O ‘peixinho’ é capaz de enxergar 100 metros de cada lado e funciona como um radar, transmitindo fotografias com movimento, mas sem a utilização de luz para captar imagens”.

O equipamento é acoplado a cabos no barco e fica submerso. Sua profundidade varia de acordo com o tamanho e a extensão das imagens a serem captadas. As ondas são emitidas em duas velocidades. Uma mais fraca, de 100 mil Hz, que mostra a superfície focada pelo visor. E outra de 500 mil Hz, capaz de ver detalhes, como se estivesse dando um zoom.

“Será feito um levantamento no Rio Araguaia, no trecho Aruanã, em Goiás, a Pau D’arco, no Tocantins, para descobrirmos as dificuldades de navegabilidade, e podermos estudar os processos de erosão e assoreamento, como forma de termos dados precisos no processo de implantação da hidrovia Araguaia”, informa o superintendente da AHITAR, Tarlis Junqueira Caleman.

A pesquisa tem o suporte operacional da AHITAR, mas foi financiada, assim como a compra do sonar, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Caleman informa ainda que a intenção é no futuro realizar este mesmo trabalho no Rio Tocantins.

Fonte: Assessoria de Imprensa AHITAR