A Secretaria Municipal de Saúde ( Semus) registrou aumento das notificações de acidentes causados por lagartas, conhecidas como taturanas. Nos meses de janeiro e fevereiro/2009, foram notificados 46 casos, um aumento de 69%, em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com Fábio Gustavo Hundertmark, gerente de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Semus, os acidentes causados por estes insetos através do contato com a pele, podem causar uma dermatite urticante: “ao entrar em contato com a pele, os pelos da lagarta, parecidos com espinhos venenosos, causam uma dor imediata e violenta, com sensação de queimação, que pode irradiar-se para outras partes do corpo, provocando vermelhidão e inchaço” , explica.
Além de lavar com água corrente e fazer uma compressa fria no local atingido, como primeiros socorros, as vítimas devem procurar uma unidade de saúde mais próxima, para atendimento adequado. “Não se deve colocar nenhum tipo de produto químico, café ou creme dental, como se tem feito. É importante que a lagarta seja levada também para identificação da espécie e melhor diagnóstico do tratamento”, afirma Fábio.
Contágio com a taturana
Pesquisa realizada pela bióloga responsável técnica de Malária e Acidentes por Animais Peçonhentos da Semus, Éldi Vendrame Parise, indica que existem muitas espécies desses insetos e a taturana é uma que tem incidência maior no Tocantins trazendo danos às pessoas.
As taturanas são insetos lentos e mansos. Não pulam e não voam. Geralmente estão aderidas às folhas, galhos ou troncos das árvores, ocasião em que são tocadas pelas pessoas, informa Parise, acrescentando que as lagartas se alimentam de folhas de árvores frutíferas como goiabeira, cajueiro, amendoeira, limoeiro, abacateiro, mangueira e de árvores nativas, dentro das matas ou em quintais:” por apresentar coloração camuflada, é bom observar bem o tronco e galhos de árvores, antes de tocá-los”, aconselha a bióloga.
Fonte: Ascop