Em assembléia geral realizada ontem, quinta-feira, 23, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Tocantins (SINTEC-TO), os empregados de carreira profissional da Caixa Econômica Federal como engenheiros e arquitetos, advogados, médicos, economistas e administradores decidiram por uma paralisação por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira, dia 28. A greve é para pressionar o avanço nas negociações, entre as comissões de empregados e da empresa, que entre outras benefícios pedem aumento salarial e implementação de um plano de carreira.
“Foi realizada no dia seis passado, uma paralisação de 24 horas, mas parece que a Caixa não entendeu a situação destes trabalhadores e nada foi feito em prol de um acerto justo”, afirma o diretor social do SINTEC-TO, Célio Mascarenhas, que também é funcionário da Caixa.
A greve prejudica os planos do Governo Federal, uma vez que a maioria dos trabalhadores é responsável pela análise de projetos e acompanhamento de obras e isso pode atrasar a liberação de financiamentos.
A Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa (Aneac) no Tocantins estima que os profissionais que participaram da paralisação detêm de mais de R$ 6 milhões destinados a projetos em todo o Estado. “O problema maior é que os gestores da Caixa sabem da importância de nosso trabalho, mas não querem dar o devido valor à categoria de trabalhadores e é justamente isso que estamos pedindo”, afirma Erieldon Bezerra Leão, presidente da Associação.
A Caixa é responsável pela quase totalidade do programa federal "Minha Casa, Minha Vida", que pretende construir 1 milhão de moradias populares. A Caixa tem hoje cerca de 1.300 engenheiros e arquitetos para acompanhar e fiscalizar obras --cada um responsável por R$ 60 milhões em projetos, em média. A categoria ainda é formada por aproximadamente 1.100 advogados, dentistas, psicólogos e economistas.
Proposta
Depois de meses de negociação, segundo a Aneac, a Caixa apresentou uma proposta de aumento de R$ 70,00 para o piso da categoria e de R$ 26,00 para os funcionários no topo da carreira. O piso salarial está hoje em R$ 5.030,00. Quem ganha o maior salário recebe R$ 8.289,00, de acordo com a Aneac. O que para os funcionários é uma proposta desrespeitosa.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sintec-TO