Um grupo de trabalhadores da Usina Hidrelétrica Estreito, um dos mais importantes projetos de geração de energia em construção no país, resolveu ajudar em diminuir os índices de analfabetismo do país com garra, determinação e disposição para aprender.
A iniciativa nasceu da dificuldade dos próprios trabalhadores em ler, fato que chamou a atenção de jovens profissionais (um técnico de segurança do trabalho, um biólogo, um motorista e uma técnica de enfermagem) que montaram com a ajuda da empreiteira que presta serviço para o Consórcio Estreito Energia (Ceste), uma escola de alfabetização para alunos de 30 a 60 anos.
As aulas acontecem pontualmente às 19h00, todas as noites, por duas horas, numa das varandas do alojamento, localizado a 20 km de Aguiarnopólis (TO). As carteiras foram confeccionadas pelos próprios alunos, que não escondem a alegria de aprender a escrever o nome e soletrar as primeiras palavras. “Sempre tive vontade de estudar, mas nunca tive oportunidade. Eu não sabia nada. Hoje já sei escrever o meu nome e isso já me deixa muito feliz”, destaca Antonio dos Santos Oliveira, 41, que trabalha no campo nos serviços de supressão da vegetação da UHE Estreito.
“É gratificante ver a determinação deles e contribuir de alguma forma com essa nova fase na vida deles”, destaca a professora e técnica de enfermagem, Lauriane Ferreira Aguiar, de Palmeiras do Tocantins.
Essa nova fase também é vivenciada pelo pernambucano Francisco José de Góes que, aos 35 anos, teve a sensação alegre de sentar pela primeira vez numa carteira para estudar. “A assinatura era o polegar com tinta e hoje já aprendi a escrever meu nome. Às vezes eu me considerava cego por não saber ler”, enfatiza o trabalhador.
Escola de produtividade
Essa determinação dos trabalhadores em voltar a estudar é visível nos olhares dos armadores, auxiliares de serviços gerais e ajudantes de pedreiros que trabalham dentro do canteiro de obras da UHE Estreito e, à noite, participam da escola de produtividade da OAS, construtora contratada pelo Ceste.
Na Escola de Produtividade, cerca de 40 alunos trabalhadores recebem a Educação Básica de 1ª a 4ª série, em períodos de 8 meses e, consequentemente, novas oportunidades de emprego e novas perspectivas de vida se vislumbram.
Adailtom Gomes Sousa, 37, ajudante de pedreiro e que há 17 meses trabalha na Usina de Estreito, destaca sua emoção em estudar. “Eu não conseguia ler nada, nem uma placa e agora já sei ler e escrever. Essa escola é algo muito bom pra gente que é funcionário. Agora já posso tirar a minha carteira de habilitação”, ressalta com alegria o trabalhador.
“Nós temos plena convicção que iniciativas como essas só melhoram a qualidade de vida e a auto-estima desses homens e mulheres que ajudam a construir a UHE Estreito. Fico muito feliz em saber dessas iniciativas dos empreiteiros que demonstram o compromisso do Ceste, como um todo, de assegurar essa oportunidade tão importante na vida desses cidadãos”, finaliza o Presidente do Consórcio Estreito Energia, José Renato Ponte.
Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito