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Polí­tica

“A classe política do Tocantins não deveria aceitar a substituição do governador cassado, Marcelo Miranda (PMDB), por via indireta”. A opinião é do ex-prefeito de Babaçulândia, Agimiro Costa (PSDB), que se revela muito preocupado com o processo de eleições indiretas determinado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a escolha do novo governador do Estado e que será conduzido pela Assembleia Legislativa.

Ele alerta que a atual Assembleia é composta em sua maioria por membros da coligação que elegeu o Governador cassado, não tendo portanto legitimidade para conduzir o pleito indireto.

Agimiro Costa defende que o novo governador terá muito mais legitimidade se for conduzido ao posto pela eleição direta. Segundo ele, a solução aceitável seria a posse do segundo colocado nas eleições de 2006, Siqueira Campos (PSDB), ou a realização de um novo pleito com sufrágio popular.

Para o ex-prefeito, “essa consciência deveria se sobrepor aos partidos políticos e a qualquer questão de vaidade pessoal” para não permitir que a história do Tocantins seja manchada com a eleição indireta de um governador, ainda que eleito para um mandato-tampão.

“Na história do Tocantins isso é inédito e a escolha pela eleição indireta, um resquício da Ditadura Militar, vai manchar a vida de um Estado que tem na democracia um dos baluartes de sua classe dirigente e de sua população,” diz Agimiro.

“Temos o maior orgulho da nossa história democrática e, num momento atípico, a escolha de um governador pela via indireta representará no futuro uma mancha indelével em nossos livros de história assinalando um período em que a classe política não teve suficiente habilidade e maturidade para superar os desafios,” concluiu.