Até o dia 28 de dezembro deste ano a Infraero deverá concluir o estudo de viabilidade para a implantação de um recinto alfandegado no aeroporto de Palmas. Foi o que anunciou nesta terça-feira, 22, o superintendente da Infraero no Tocantins, Autemar Lopes de Souza, durante reunião com o secretário da Indústria e Comércio, Eduardo Machado, quando foi avaliada a proposta do Tocantins nesse sentido. Hoje, o Tocantins é o único Estado do Brasil que não dispõe desse instrumento logístico, que será o primeiro passo para viabilizar o aeroporto de cargas (industrial). O recinto alfandegado é essencial para a internacionalização do aeroporto e para fomentar as exportações tocantinenses.
O secretário destacou o interesse do governador interino Carlos Henrique Gaguim de acelerar o processo de alfandegamento. O superintendente da Infraero, Autemar Lopes de Souza, lembrou que a empresa vem avaliando a proposta do Estado há mais de dois anos e que já está definido o prazo, até o fim do ano, para a conclusão dos estudos.
Eduardo Machado destacou as vantagens logísticas que o Estado oferece com a intermodalidade de transporte, que dará ao Tocantins condição ímpar para se transformar num centro produtor e distribuidor de riquezas do Corredor Centro-Norte.
A malha viária que cobre todo o Estado, a construção da Ferrovia Norte-Sul, das eclusas de Tucuruí e viabilidade da eclusa da Usina de Lajeado além da implantação do porto de Praia Norte estão conferindo novo perfil logístico ao Estado, que terá reflexo direto na competitividade da produção, pela maior proximidade dos portos de Itaqui (MA) e Belém (PA). Essa realidade também depende dará sustentação à internacionalização do aeroporto.
Eduardo Machado fez questão de alinhar os grandes eixos estruturantes para o desenvolvimento estadual, entre eles a determinação do governo do Estado de definir um planejamento estratégico para um prazo de 20 anos. O governo está investindo em obras estruturais, como o Parque Tecnológico e colocando em prática a política de atração de novos investimentos. Ele citou, entre outras iniciativas, o projeto da Petrobras de implantar projeto de distribuição de combustíveis no Tocantins; o estudo da Valec para instalação de destilarias e usinas de biodiesel ao longo do traçado da ferrovia, além das plataformas multimodais que darão suporte ao transporte ferroviário.
À Infraero cabem os estudos de projetos de investimentos; levantamento de mercado na área de influência; meio ambiente; valores e cronograma financeiro de desembolso dos investimentos totais; projetos das receitas segregadas por origem (importação, exportação, cargas) e projeto de despesas (mão-de-obra e custeio).
O governo deverá apresentar projeto de demanda de carga aérea e rodoviária especificando setores da economia regional com potenciais de demandas; identificar as características das cargas e as principais empresas importadoras e exportadoras; os empreendimentos públicos e privados que possam ter sinergia com o projeto; possíveis recursos disponíveis paras implantação do projeto; identificar todos os programas de governo de incentivo à economia regional que, principalmente, envolvam o setor produtivo e infraestrutura (intermodalidade).
Fonte: Secom
