A partir de amanhã, terça-feira, 10, o curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins - UFT entrará em Estado de Greve. O objetivo é sensibilizar os órgãos administrativos da Universidade para a precarização do curso, a fim de evitar a suspensão imediata das atividades pedagógicas práticas bem como o não início do semestre 2010/1.
Desde a última visita do MEC, em agosto de 2005, os corpos docente e discente aguardam a solução dos principais problemas apontados na avaliação e responsáveis pela nota C atribuída ao curso naquela época. De lá para cá, pouco foi feito e o curso chegou a um estado total de sucateamento.
A situação mais prejudicial é a falta de laboratórios. As instalações são precárias e sem condições mínimas de abrigar os equipamentos, muitos já comprados, porém guardados de forma inadequada, causando prejuízos financeiros e pedagógicos.
Outro aspecto fundamental, também evidenciado na avaliação do MEC, foram as condições de realização das aulas práticas. Além de necessitarem de equipamentos específicos, como data show e computadores, a quantidade e acomodação de alunos em salas de aula é inadequada.
O curso tem se esforçado para dividir as turmas, mas este é um trabalho que exige a presença de mais professores em exercício. Tal fato culmina ainda na necessidade de formação do corpo docente, uma vez que sua capacitação está diretamente ligada à qualidade do ensino e à boa avaliação do curso pelas instâncias superiores.
O Reitor e o Diretor do Campus de Palmas confirmaram em reunião de Colegiado, em maio, a construção dos laboratórios ainda para 2009. O Colegiado aprovou um projeto arquitetônico, mas o processo não teve andamento. Enquanto isso, os professores e alunos se esforçam para concluir as disciplinas práticas com um mínimo de aproveitamento, utilizando, muitas vezes, seus próprios equipamentos.
Na tentativa de cobrar o atendimento à estas demandas, o curso de Jornalismo decidiu realizar mobilizações diárias, por quatro dias consecutivos, durante a Semana Acadêmica de Comunicação, a fim de aglutinar e sensibilizar a comunidade acadêmica, dirigentes da UFT e a sociedade em geral.
Os participantes deverão usar roupas pretas em sinal de protesto e identificação da causa em questão. As atividades deverão ocorrer em horários alternativos para que as aulas não sejam prejudicadas.
Fonte: Assessoria de Imprensa