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Com a candidatura já assumida à Câmara Federal em 2010, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Coimbra (PMDB), defende a formação de um “chapão” para as eleições do próximo ano. No seu entendimento, todos os partidos da base aliada, incluindo o PT, devem estar juntos, numa grande aliança tanto na chapa majoritária quanto na proporcional. “Eu acho o ideal, e se nós fizermos isso, vamos eleger quase todas as vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa”, argumenta o parlamentar.

Pelos cálculos do peemedebista, se o “chapão” for mesmo formado incluindo o PT, o grupo tem condições de eleger 7 dos oito vagas de deputado federal, e mais de 20 deputados estaduais. “Não tem por que a gente não viabilizar isso. É o ideal, é coerente, é viável e está nas nossas mãos”, reafirma o presidente da Assembleia, lembrando que basta ter coerência e bom-senso para que isto venha acontecer.

Júnior Coimbra não vê nenhuma dificuldade da base governista do governo de coalizão se manter unida para a sucessão de 2010. “Na minha convicção, tenho cem por cento de segurança de que no próximo ano nós estaremos com toda essa base partidária coesa para escolha do governador que vai comandar o Estado por mais quatro anos”, observa o presidente ao ressaltar que o PT ainda é uma incógnita na formação desse arco de alianças, porque hoje já um grupo político que apóia o governo estadual, mas sem participação direta. “Mas eu vejo com os melhores olhos possíveis a composição com o Partido dos Trabalhadores, até mesmo porque em nível nacional já existe esse comprometimento entre PMDB, PT, PR, PSB e outras siglas”, ressalva.

Na sua opinião, no PMDB não pode haver essa diferenciação entre peemedebistas históricos e os novos, porque, segundo ele, seria uma discriminação. “Para se construir um partido verdadeiramente popular e forte não pode existir a separação entre velho e novo, tem que haver a harmonia entre a velha guarda e a ala jovem, de novas lideranças que vão se emergindo no processo”, avalia. Ele condena a tese de que o partido tenha que ser conduzido por peemedebistas históricos. “Devemos defender novos e históricos juntos pelo desenvolvimento do nosso Estado”, emenda.

Sobre a sucessão governamental, Júnior Coimbra analisa que se o senador João Ribeiro (PR) tiver um bom desempenho nas pesquisas de opinião pública deverá ser ele mesmo o candidato ao Palácio Araguaia, como vem sendo cogitado inclusive pelo governador Carlos Gaguim (PMDB). “Mas o nosso governador não pode descartar, em hipótese alguma, a possibilidade dele ser o nosso candidato à reeleição, apesar de eu entender que não é o momento de se tratar de sucessão; o momento é de se estruturar o governo, que tem muitas dificuldades pela frente, e na governabilidade do Estado”, especula, ao observar que a sucessão só deve entrar em discussão a partir de mês de maio.

(Gilson Cavalcante)