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Economia

A Fecomércio Tocantins, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF-Palmas) relativa ao mês de maio. Os dados mostram que houve queda de 4,8% em relação ao mês passado, mais ainda assim o consumidor se mostra otimista à perspectiva de gastos (o índice subiu de 151,4 em abril, para 158,4 este mês numa escala de zero a 200 pontos).

Um dos fatores que podem motivar esta diminuição de consumo é o acesso ao crédito/empréstimo que sofreu uma queda de 67% para 53,5%. Outro fator é a renda atual que diminuiu 5,6 pontos no valor total, além da retomada das alíquotas do IPI, que colocou pressão nos preços (nos meses de fevereiro e março refrigeradores e máquinas de lavar, por exemplo, tiveram aumento de 5% e 4%, respectivamente, segundo a CNC). Mas a intenção de consumo sobre os bens duráveis continua crescendo, para maio 75,4% dos entrevistados disseram que investiriam em bens duráveis (eletrodomésticos, TV, som, etc.)

Os resultados do ICF são avaliados sob o ângulo do grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. Segundo a pesquisa apenas quem ganha acima de 10 salários mínimos teve o índice crescente, de 3,3% para 4,5%, o que nos remete a recordar os dados sobre o emprego atual. Enquanto os que ganham até 10 salários tiveram uma queda na perspectiva profissional de 14 pontos (de 178,6 para 164,6), os que ganham mais de 10 salários mínimos tiveram queda de apenas 6,3 pontos (de 191,2 para 184,9).

Contudo, considerando que o grau de insatisfação é abaixo de 100 pontos, não há motivos para o mercado palmense temer a baixa do consumo. Mesmo com os índices tendo queda em relação ao mês anterior, é necessário considerar os dados do ICF em abrangência nacional onde a pesquisa mostra que o índice caiu 2,1% em abril, na comparação com o mês anterior. Os dados apontam ainda que a desaceleração foi puxada pela queda da perspectiva profissional, o que mostra que a baixa não ocorreu somente no Tocantins, portanto os empresários tocantinenses não precisam ficar preocupados, pois os consumidores continuarão ativos. A pesquisa é antecedente e foi realizada em abril na Capital, com 500 famílias entrevistadas.

Inadimplência

Se a intenção de consumo dos palmenses sofre variações, a inadimplência caminha para a mesma direção. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC - Palmas) aponta que 76% dos entrevistados estão comprometidos com as dívidas, um aumento de 8% em relação ao mês anterior. A boa notícia é que o número de consumidores que se declararam sem condições de quitarem suas dívidas no mês passado diminuiu. Apenas 2% dos endividados disseram não terem condições de pagar em dia seus débitos. Em fevereiro este índice era de 6%.

Um dado interessante apontado pela pesquisa é os que ganham mais estão também devendo mais. Em dois meses (fevereiro e março) o crescimento nas dívidas dos que ganham até 10 salários mínimos é de 12%, enquanto os que ganham acima de 10 salários mínimos tiveram um crescimento de 19%.

Entre as dívidas, houve queda relevante em três itens: financiamento de carro (diminuição de 4,2%), de casa (diminuição de 1,6%) e de carnês (diminuição de 0,5%) Os demais itens tiveram aumento, como crédito pessoal e cartão de crédito. Foram entrevistadas 500 famílias, com margem de erro de 0,035 sob o nível de confiança de 95%.

Fonte: Assessoria Imprensa