Aconeceu na noite desta quinta-feira, 30, o último comício da coligação Tovcantins levado a sério, no jardim aureny I, em Palmas. Ao lado do candidato ao governo pelo PSDB, Siqueira Campos, seus candidatos proporcionais, além do vice, João Oliveira (DEM) e dos candidatos ao senado Vicentinho Alves (PR) e João Ribeiro (PR).
Siqueira foi o último a subir ao palanque armado na avenida. Ele chegou ao palco enquanto seu filho e coordenador de sua campanha Eduardo Siqueira Campos discursava. Siqueira foi recebido aos sons de “urra, urra”.
Assim como em comícios e reuniões anteriores, o candidato tucano iniciou seu discurso com uma oração para os seus aliados e eleitores.
Ao iniciar sua fala, Siqueira destacou que está com problemas na garganta e pediu perdão ao público por sua deficiência. “São 8 comícios por dia”, destacou. Acompanhado de sua majoritária e respectivas esposas, Siqueira cumprimentou seus companheiros de coligação.
Durante seu discurso, o candidato destacou suas visitas pelo Tocantins enquanto pedia votos aos seus eleitores. “Eu andei por todos os municípios”, completou. O tucano lembrou de antigos companheiros de criação do Tocantins, em suas andanças pelo Estado. “Companheiros de sonhos e de lutas pela conquista da nossa autonomia”, informou.
Siqueira destacou a campanha inusitada e afirmou que esta foi uma campanha “muito rica espiritualmente”. De acordo com o candidato, “ao recolher contribuições e formular nosso plano de governo, eu obtive a sabedoria de homens e mulheres pelas praças e ruas”.
Planejamento em educação
O tucano ressaltou a importância de projetos voltados para a educação em seu plano de governo. De acordo com o candidato, “é preciso construir uma escola hoje para não construir cadeias amanhã”. Durante sua fala, o candidato citou a situação educacional no Tocantins como em emergência, “com jovens nas ruas com os pais sem emprego, ganhando mal”.
Segundo Siqueira, ele, caso eleito, pretende aumentar o número de escolas de tempo integral e de vagas em cursos técnicos e universidades.
Outro projeto citado pelo candidato da TLS foi o de bolsas de estudo para estudantes universitários de instituições particulares. De acordo com ele, o número de estudantes que abandonam seus cursos por falta de pagamento prejudica o desenvolvimento do Estado. “Eu não quero que tire da escola todo aquele estudante que não teha assiduidade por falta de pagamento”, completou.
Críticas ao governo
Sem citar o nome do governador e seu concorrente ao governo, Carlos Gaguim (PMDB), Siqueira afirmou que pretende fazer um governo livre de corrupção e com comando. “A partir do dia 1 de janeiro, o Estado volta a ter um governador”, afirmou.
Siqueira ainda aproveitou seu discurso para pedir à população presente no Aureny 1 que não votassem em Gaguim no dia 3 de outubro. “Não elejam um corrupto, quem manchou um mando mandato, quem envergonhou a todos nós”, exclamou.
Pedido de voto para os senadores
Siqueira Campos ainda pediu votos para os seus candidatos ao senado, Vicentinho Alves e João Ribeiro. De acordo com o candidato, desta forma facilitaria seu governo, caso eleito. “Eu preciso dos meus senadores. Eu vou ser um dos mais fortes governadores do país. Pela experiência, pelo relacionamento e pelos meus três senadores”, completou.
Liberdade de imprensa
Siqueira, que tem seus governos anteriores criticados por falta de transparência e trato com a imprensa, lembrou da censura colocada pelo desembargador Liberato Póvoa. De acordo com ele, mesmo sendo duro, nunca vetou a liberdade de imprensa. “Eu nunca botei mordaça na imprensa”, completou. “Meu maior castigo sempre foi o silêncio”, informou.
Siqueira ainda rebateu as críticas feitas com relação a sua idade avançada. De acordo com o candidato, se ele está velho, é sinal que ainda não morreu. “Este pessoal está lamentando que eu não posso casar com a filha deles. Estão magoados por que eu sou o genro que eles gostariam de ter”, ironizou.
Pesquisa e surra
O candidato, ao fim de seu discurso comentou o resultado da pesquisa Ibope que o colocou 11 pontos à frente de Gaguim esta semana. De acordo com Siqueira “Esta vai ser a maior surra que eles levar”, concluiu.