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Polí­tica

Foi escolhida na tarde desta quinta-feira, 2, no pleno do Tribunal de Justiça, a magistrada que deverá substituir o desembargador José Maria das Neves entre os magistrados do TJ.

Dentre os magistrados presentes no pleno do TJ nesta tarde, estiveram o desembargador Liberato Póvoa, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, juiz José de Moura Filho, do procurador geral, Clenan Renault de Melo, além da presidente do tribunal, desembargadora Willamara Leila.

Ao todo, foram 12 candidatos ao cargo que o desembargador José Maria das Neves deixa vago com sua aposentadoria. Segundo o relatório da eleição, o juiz federal, Luiz Zilmar, acusado de manter relacionamento afetivo com uma menor, desistiu de concorrer à vaga de desembargador do TJ. Após a seleção da lista tríplice, os desembargadores se reúnem para definir o nome a ser eleito como desembargador do TJ.

Dos 12 candidatos iniciais, cada desembargador seleciona apenas 3 nomes com base em determinados critérios de avaliação. No decorrer da sessão, cada magistrado proferiu seu voto e escolheu os três nomes que concorreriam diretamente ao cargo de desembargador no lugar de José Maria das Neves.

Formação da tríplice lista

O primeiro desembargador a votar, após a leitura dos processos avaliativos de todos os concorrentes ao cargo, foi Liberato Póvoa. O desembargador afirmou que faria uma breve argumentação antes de proferir sua decisão. Ao final de sua análise curricular dos candidatos, o desembargador optou por

Após Liberato, o desembargador Carlos Sousa fez uso da palavra para proferir seu voto. Ao contrário do método utilizado pelo seu colega de corte, o desembargador não detalhou a avaliação de cada candidato. “Todos foram avaliados com nota máxima, então minha escolha aqui é quase pessoal”, completou.

Já o desembargador Moura Filho, presidente do TRE, ao iniciar a leitura de seu voto, na íntegra, como ele mesmo alegou, “por ter sido escrito para isso”, ponderou a participação dos candidatos na seleção para desembargador do TJ. De acordo com o desembargador, “a escolha que se faz, não quer dizer que os outros são os piores”.

O desembargador Daniel Negry, assim como Carlos Sousa, criticou os métodos de avaliação adotados pelo Tribunal de Justiça para a seleção de um novo membro da corte. Negry ressaltou que a avaliação do TJ não é por critérios objetivos de escolha do candidato com o maior número de pontos dados por cada desembargador. “Senão, não seria necessária a lista tríplice para definir um novo nome” afirmou, se referindo à lista de três nomes elaborada por cada membro do colegiado.

A presidente do TJ, desembargadora Willamara Leila, ressaltou, em seu voto, a igualdade adquirida entre os candidatos ao cargo de desembargador, no entanto, ressalvou que existem diferenças técnicas entre cada um deles. “Todos possuem alto nível de profissionalismo, mas existem diferenças que nos permitem selecionar”, completou.

Ao final votação, a soma dos votos elegeu os três juizes a fazerem parte da tríplice lista dos desembargadores do TJ. São eles: Ângela Prudente – 9 votos; Maisa Vendramini – 9 votos; Gil de Araújo Correia – 6 votos.

Seleção do desembargador

Depois da escolha dos três nomes para a lista tríplice dos desembargadores, a presidente da corte iniciou a seleção do escolhido para substituir José Maria das Neves.

A juíza Ângela Maria Prudente, por circular por outras duas vezes, em listas tríplices, foi a escolhida pela presidente Willamara para ser a nova desembargadora do Tribunal de Justiça. “Não faço isso apenas por prestação das minhas obrigações na corte. Faço isso pelo seu trabalho, sua vida profissional”, completou.

Perfil

Ângela Prudente Ângela Maria Ribeiro Prudente é natural de Goiânia (GO) e tem dois filhos (Arthur e Daniel). É formada em Direito e Administração de Empresas e Administração Pública, pós-graduada em Direito Civil, Processo Civil, Direito Penal e Processo Penal, Direito Constitucional e pós-graduada em Direito Público. Ela tomou posse na magistratura tocantinense em 29/09/1989. Foi juíza nas comarcas de Miranorte, Araguaína, Augustinópolis, Arraias, Paraíso do Tocantins, sendo removida para Palmas, onde é titular da Vara de Precatórias, Falências e Concordatas desde 17/04/1997. No período de 19/11/1998 a 02/02/2005, acumulou o cargo de diretora do Foro da Comarca de Palmas; membro da Classe de Magistrados no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (1999 a 2003). Participou de vários conselhos e comissões, destacando-se o cargo de vice-presidente do Conselho Estadual da Mulher, membro do Conselho Municipal da Mulher, membro do Conselho da Associação de Mulheres de Carreiras Jurídicas, membro do Conselho Estadual da Adoção Internacional (CEJAI). Na vida associativa, foi secretária, tesoureira, diretora social e, por duas vezes, presidente da Associação dos Magistrados do Tocantins (Asmeto). Atualmente é membro do Conselho Fiscal da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) e Diretora do Foro de Palmas.