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Foto: Divulgação

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Deputada eleita pelo PT no Tocantins, Amália Santana concede entrevista ao site Negro em Debate, onde revela como pretende realizar o mandato de participação popular na Assembleia Legislativa do Tocantins.

A parlamentar salienta que, para as mudanças reais serem efetivas é preciso ainda um estudo da legislação vigente.

“Acreditamos que o deputado está a serviço da sua população, fiscalizando as ações desenvolvidas pelo governo, mas também contribuindo com a proposição de matérias e sugestões que realmente beneficiem a sociedade”, disse.

Amália Santana frisa a importância de legislar com base nos anseios e com a participação dos movimentos sociais. “Nosso mandato será aberto a todos os tocantinenses, para que assim, possamos realmente, representar e não apenas ocupar uma cadeira”, salientou.

Veja entrevista na íntegra:

1. Deputada, como uma das parlamentares novatas na Assembleia como a senhora planeja sua atuação? De início, qual serão as prioridades?

Como deputada petista, irei atuar em um mandato participativo, no qual, as nossas prioridades serão escolhidas pela sociedade. Pretendemos realizar reuniões públicas para ouvir de cada comunidade os seus anseios e o que esperam de nosso mandato, e assim, coletarmos as necessidades de cada município para que assim possamos apresentar requerimentos e projetos de Lei.

Tenho o compromisso de defender os direitos dos cidadãos tocantinenses; defender a melhoria dos serviços públicos; a realização de concurso público; a valorização do servidor público.

Também está nos meus compromissos a defesa das políticas de valorização e respeito à mulher; a valorização, preservação e manutenção das atividades culturais; a aplicação correta e efetiva da política ambiental; incentivo e valorização dos movimentos sociais; incentivo, valorização, criação e fortalecimento das associações e cooperativas.

Quero poder buscar investimentos para a infra-estrutura das nossas cidades; defender a implementação de mais ensino técnico e superior; o aumento do incentivo ao desenvolvimento econômico; a ampliação das iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e propor políticas de combate as causas da delinquência infanto-juvenil.

Na verdade minhas prioridades são os compromissos que assumi quando coloquei o meu nome a disposição dos tocantinenses.

2. A senhora tem como bandeira de luta ser um ponto de apoio para os movimentos sociais, inclusive o movimento negro do Estado. Na sua opinião, a inserção dessa temática na atuação parlamentar ainda deixa a desejar?

A minha ligação com os movimentos sociais começou ainda na infância, através do meu pai. Desde então, convivo, participo e defendo os movimentos sociais. Acredito que devemos trabalhar pelo respeito as igualdades e sobretudo, as diferenças. A inserção das temáticas sociais ainda têm deixado a desejar, uma vez que a sociedade percebeu há pouco tempo a noção da importância desses movimentos. Esta luta, antigamente, pertencia as minorias. Hoje a luta social e sindical se tornou a base da sociedade, porque a democracia finalmente foi consolidada. A inserção de temas como Movimento Negro ainda deixa a desejar e precisa sim, ter uma representação para que os objetivos possam ser alcançados. Como deputada eleita reafirmo o meu compromisso de campanha com o Movimento Negro e com todos os movimentos sociais de nosso Estado.

3. Como a senhora pretende fazer um mandato no formato de participação popular na Assembleia?

Nosso mandato irá realizar reuniões públicas para discutir com a sociedade nossas proposituras na Assembléia. Além disso estaremos utilizando a Internet como uma ferramenta de integração com a sociedade, através de nosso site e das mídias sociais.

Queremos promover um mandato participativo em que possamos estar cada vez mais próximos da sociedade, principalmente, a região que nos elegeu.

4. O Tocantins não tem ainda leis eficazes a nível estadual com relação à políticas de reparação social. Na sua opinião como é possível a proposição e aprovação de leis que venham propiciar a promoção da Igualdade Racial no Estado?

É possível sim a proposição e aprovação de leis que propiciem a promoção da Igualdade Racial. Para isto é necessário um estudo da legislação vigente e assim termos o conhecimento necessário para legislar sobre esta temática. Como membro de movimento social, coloco meu gabinete a disposição para realizar este trabalho.