Os desastres naturais tornaram-se uma infeliz rotina na vida do povo brasileiro nos últimos anos, ceifando vidas e deixando um rastro de destruição em várias cidades do país. Em 2008, foram as grandes enchentes em Santa Catarina, em 2009 as chuvas na região metropolitana do Rio de Janeiro e em São Paulo, em 2010 foi a região Nordeste que sofreu enormemente com as chuvas e o Rio Grande do Sul com a estiagem. Agora em 2010, a grande tragédia na região serrana do Rio.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que existe um grupo de municípios que recorrentemente sofre estes problemas e vive permanentemente em estado de calamidade ou emergência. Em recente estudo publicado pela entidade, foram categorizados os eventos que assolaram 3.551 municípios nos últimos 8 anos e identificados os locais que sofrem mais com as chuvas e os que sofrem com a seca.
Segundo a CNM, na hora da emergência, os governos se unem para prestar socorro às vítimas, as Defesas Civis são chamadas a ajudar, o poder público é instado a prestar auxilio rápido à sua população, mas, passado o momento mais dramático, a realidade confrontada mostra a falta investimentos em prevenção. Conforme estudo recentemente produzido pela CNM, o valor gasto em prevenção é quase dez vezes menor que o gasto na emergência.
Para saber o quanto os três entes da federação – União, Estados e Municípios – aplicam na Função Defesa Civil, a CNM realizou um pente fino nas execuções orçamentárias dos anos de 2007 a 2009. Os quadros no anexo acima demonstram que a aplicação de recursos nesta função é bastante pequeno, mas que os Estados acabaram aplicando mais recursos do que os outros entes proporcionalmente aos seus orçamentos.
Fonte: Assessoria de Imprensa CNM