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Polí­cia

A divulgação da nova estrutura da Secretaria Estadual de Segurança, Justiça e Cidadania, no Diário Oficial do Estado, da última quinta-feira, 20 de janeiro, causou estranheza ao Sinpol – Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins. A estrutura desagradou à categoria, principalmente, devido à nomeação de um delegado federal para o cargo de delegado geral de Polícia Civil.

Conforme a presidente do Sinpol, Nadir Nunes Dias, a nomeação do delegado federal aposentado João Coelho vai contra o estatuto da polícia, que é "bem claro", segundo ele, ao afirmar que para comandar a corporação é preciso ser delegado de carreira. “Será que no nosso quadro, composto por 170 delegados, não temos um apto a assumir este cargo?”, questiona a presidente.

Nesta sexta-feira, em visita à cidade de Gurupi, região Sul do Estado, a presidente do Sinpol recebeu apoio de diversos policiais, inclusive delegados contra o ato de nomeação. “Nós queremos discutir esta situação com o Governo do Estado antes de qualquer providência mais drástica por parte da categoria e acreditamos que chegaremos a um entendimento, pois, certamente, o governo não irá contra a Constituição”, informa, acrescentando que medidas judiciais estão sendo buscadas pelo Sinpol para impedir a posse do delegado federal nomeado.

A presidente Nadir Nunes Dias manifesta ainda apoio ao Sindepol – Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins – que, também, se pronunciou contra a nomeação.

Novos cargos

O Sinpol informa ainda que a nova estrutura da Secretaria de Segurança, Justiça e Cidadania com a criação de duas novas superintendências não condizem com a realidade da Polícia Civil do Tocantins – Superintendência de Segurança Pessoal do Secretário e a de Mídia. “Nunca na história da pasta vimos algo deste tipo. Vemos que atualmente a segurança enfrenta dificuldades e temos outras prioridades, onde os recursos podem ser mais bem investidos, como para contratação de pessoas para a limpeza das unidades policiais que estão sem servidores para exercer a função”, informa a presidente.

Nadir Nunes Dias lembra ainda que uma superintendência mídia com a estrutura apresentada, seria desnecessária, já que o governo do Estado conta com uma Secretaria de Comunicação e também uma Agência de Notícias. “Um superintendente para cuidar da segurança pessoal do secretário também é algo que podemos repensar, pois ele trabalha em meio a policiais”, considera.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sinpol