Em entrevista concedida antes do início da sessão da manhã desta quarta-feira, 23, os deputados de oposição comentaram sobre a reunião que a bancada oposicionista teve com o secretário de Planejamento e Modernização da Gestão Pública, Eduardo Siqueira Campos (PSDB) na noite de ontem.
De acordo com o deputado Sargento Aragão (PPS), líder do bloco que ainda conta com o PSB, confirmou que o grupo dos 12 parlamentares oposicionistas ao governo Siqueira Campos (PSDB), durante o encontro, solicitou do secretário o envio das alterações propostas pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Temos que ver a proposta orçamentária do governo primeiro. A partir do momento que tivermos acesso, vamos discutir”, completou.
Aragão ainda frisou que a oposição não tem a intenção de travar a votação da LDO. Segundo ele, as mudanças que forem de comum acordo entre as bancadas de governo e oposição, será aprovado. “O que não for, nós vamos para o voto”, destacou.
Debates acirrados
Enquanto falava com a imprensa, o deputado Stálin Bucar (PR), que comentava também sobre o encaminhamento das mudanças na LDO, foi interrompido pelo líder do bloco DEM/PSDB/PV, deputado Osires Damaso (DEM).
Na ocasião, Osires acusou a oposição de travar a votação do orçamento, nas mãos do ex-relator da matéria, deputado Sandoval Cardoso (PMDB). De acordo com Damaso, existe um ponto de desacordo entre as bancadas no que diz respeito às alterações dos índices de repasse orçamentário aos poderes constitucionais do Estado, aprovados em plenário no final do ano passado.
O democrata ainda condicionou a votação da LDO à retirada das mudanças na Resolução 220 do Regimento Interno, que trata das responsabilidades da Mesa Diretora na indicação de cargos comissionados. “Retira a Resolução que a gente vota a LDO”, foi o desafio de Osires a Stálin.
Por sua vez, o deputado do PR rebateu a acusação governista e frisou que é a bancada governista quem está condicionando a votação da LDO à aceitação das mudanças propostas pelo governo.
Nesta troca de acusações, o orçamento do Estado continua travado nas comissões parlamentares, ainda sem previsão de ser votado.