Depois de um dia inteiro de expediente nas comissões e discussões internas os deputados estaduais realizaram duas sessões extras a pedido do líder do governo Freire Júnior (PSDB). No entanto logo após ler ofício em plenário pedindo as sessões, o líder não assinou presença na sessão por não concordar com a necessidade de realizá-las.
Freire defende que extras sejam realizadas apenas quando houver de fato necessidade. O deputado citou a necessidade de redução de despesas e chegou a afirmar ainda que tinha pedido ao presidente Raimundo Moreira que não realizasse as sessões.
O líder pediu que fosse encerrada a sessão e mencionou ainda que “os custos financeiros são altos e custos políticos mais altos ainda”, disse. Freire abriu mão de receber os honorários pele sessão.
O republicano José Bonifácio contestou Freire e disse que é de competência da Casa e necessária a realização de extras. “Não vamos nos condenar pelo que estamos fazendo certo”, argumentou.
Osíres Damaso (DEM) também entrou na discussão e disse que a posição de Freire foi deselegante. “Não da para estar sendo da base do governo como líder do governo e às vezes vai se promover e nós ficamos numa má situação”, disse sobre o fato de Freire ter deixado de receber os honorários pelas sessões.
Foram colocados em pauta dois projetos de lei. Um que altera o dispositivo da lei 1.303 de 20 de março de 2002. O projeto trata da redução da base de cálculo e concede isenção de ICMS.
O outro projeto é do Tribunal de Justiça e denomina a unidade judicial de Dueré de Edifício Barbosa dos Santos. Os parlamentares deliberaram mais cedo sobre alguns projetos de lei nas comissões.
O deputado Stalin Bucar (PR) chegou a pedir que o líder do governo Freire Júnior registrasse presença na sessão. Bucar argumentou que é preciso avançar em algumas deliberações e para tal as sessões extras foram convocadas. “Queríamos que vossa excelência participe conosco dessa votação”, salientou mesmo sem sucesso no pedido.
O valor por sessão para cada deputado é R$ 1.200.