O deputado federal César Halum (PPS) defendeu da tribuna da Câmara dos Deputados um dos pontos da reforma política: a unificação das eleições no País. O parlamentar avalia que a coincidência de mandatos, além de ter aceitação popular, reduziria os custos do Estado. “Os pleitos de dois em dois anos trazem prejuízo para os cofres públicos e para nós políticos, porque mal estamos saindo de uma eleição, temos que iniciar o planejamento de outra”, afirmou.
Segundo Halum, no ano de 2008, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) gastou nas eleições municipais R$ 704 milhões. Mais da metade deste valor (R$ 452 milhões) foi para bancar a distribuição de urnas nos locais de votação, despesas com pessoal, transporte, diplomação de candidatos, dentre outros. “Esse dinheiro daria para milhares de postos de saúde, casas populares, e cestas básicas”, exemplificou.
Ele promete trabalhar na Câmara pela inclusão da proposta na discussão da reforma política. Caso contrário, poderia tramitar na Casa por meio de projeto de iniciativa popular, como a Lei do Ficha Limpa.
César Halum disse ser falso o argumento de que as eleições unificadas prejudicariam os eleitores, que os mesmos fariam confusão para decidir tantos votos de uma só vez: de vereador a presidente da República.
“Nós já usamos o sistema unificado. E funcionava muito bem. De lá para cá, o nível educacional melhorou e temos um sistema eletrônico de votação eficiente, elogiado no mundo inteiro”, justificou.
Segundo o deputado, a máquina pública praticamente é paralisada em ano eleitoral. “O Brasil para. Por causa da lei eleitoral, não se podem fazer convênios, transferir recursos, as obras ficam paralisadas. Um prejuízo enorme!”, afirmou César Halum.
Fonte: Assessoria de Imprensa Cesar Halum