No dia 10 de maio de 1986, na cidade de Imperatriz, Maranhão, foi assassinado Josimo Morais Tavares, o padre negro de sandálias surradas, símbolo de resistência contra a opressão. O crime foi cometido a mando de grileiros de terra e latifundiários, alvos da indignação do padre que sonhava com uma vida digna para trabalhadores e trabalhadoras rurais da região do Bico do Papagaio.
Os 25 anos do martírio de Padre Josimo foram lembrados nesta terça, 10, na Assembleia Legislativa do Tocantins, pela deputada Amália Santana (PT). Em seu discurso na tribuna da Casa, a deputada relembrou a história de luta do padre, suas origens humildes e sua dedicação aos pobres, trabalhadoras e trabalhadores rurais oprimidos pelo latifúndio.
“Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, a vida e morte do padre Josimo ajudou a formar vários agentes de pastorais e lideranças sindicais, ajudou a construir os primeiros diretórios do Partido dos Trabalhadores na região do antigo norte goiano. O grande sonho do Padre Josimo se resumia em libertar os trabalhadores das garras do latifúndio”, disse Amália em seu pronunciamento.
Para finalizar, Amália falou sobre sua participação na Semana do Padre Josimo, no último dia 06, em Augustinópolis, evento realizado em memória do Padre Mártir e que encerra nesta terça, 10 na cidade de Buriti do Tocantins. No Bico do Papagaio a deputada, acompanhada de Freitas do PT, chefe de gabinete e presidente do PT de Araguatins, reforçou a importância da luta dos Movimentos Sociais em prol do direito dos menos favorecidos.
O discurso da deputada foi acompanhado pelos parlamentares, jornalistas e por um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra, que a convite de Amália Santana visitaram o Plenário da Casa de Leis.
Visita a acampamento do MST
Antes do pronunciamento no Plenário da Assembleia, Amália Santana (PT) visitou pela segunda vez o acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, instalado em frente à superintendência do Incra em Palmas. Durante uma conversa rápida, a deputada reforçou para as mais de 200 famílias que se encontram no local, o seu apoio ao movimento e a sua causa, afirmando que “Não há conquistas sem luta e essa caminhada é árdua, mas levará a realização do sonho pela terra”. Uma reunião com a coordenação do grupo ficou marcada para a tarde desta terça, 10, no gabinete da deputada.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Amália Santana