Em novo discurso contra a corrupção e má administração da "coisa pública", o senador Ataides Oliveira (PSDB) voltou à tribuna do Senado na noite dessa quarta-feira, 17, para ressaltar que a economia do País precisa ser mais bem cuidada, uma vez que a corrupção desperdiça anualmente R$ 69 bilhões de reais dos cofres públicos, segundo ele.
Ao criticar a atual equipe ministerial, o senador Ataídes disse que também é preciso competência para saber escolher a sua equipe de trabalho. “De uma equipe, além de trabalho e compromisso, é preciso competência, honestidade e responsabilidade. E, infelizmente, as notícias das últimas semanas provam que a presidente Dilma não soube escolher a sua equipe”, constatou o senador do PSDB.
Cargos Comissionados
O senador Ataídes também criticou o excesso de cargos comissionados do governo federal. “Temos quase 30 milhões de cargos comissionados neste País. Isso é uma barbaridade, fazendo-se uma comparação com os Estados Unidos, que não têm mais de 5 milhões de cargos comissionados. Isso, inclusive, no meu entendimento, proporciona a corrupção, porque há um jogo de interesse imenso em cima desse mundaréu de cargos comissionados”, disse Ataídes da tribuna do Senado.
Ataídes sugeriu à presidente da República, Dilma Rousseff, que dê mais atenção à escolha de seus colaboradores, pois muitos deles, conforme afirmou, já demonstraram não ter compromisso nem com a presidente nem com o Brasil.
Endividamento da População
Ataídes também se disse preocupado com o alto endividamento da população brasileira e do poder público. Lembrando o descontrolado índice de consumo que ano passado derrubou a economia americana, o senador disse que a economia brasileira “vai bem, mas vai mal". O empresário, que até o final do mês ocupa uma cadeira no Senado, lembrou que hoje, pelo menos 62,6% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida, “quer seja no cartão de crédito, no cheque especial ou empréstimos", disse.
O senador terminou seu discurso citando Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". E concluiu, "sou brasileiro e não desisto nunca de ser honesto". (Assessoria de Imprensa Ataides Oliveira)