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Foto: Fabiola Dias

Foto: Fabiola Dias

Representantes da cadeia produtiva do arroz, participaram da III Reunião da Comissão Técnica do Arroz do Tocantins, durante os dias 23 e 24 de agosto, em Gurupi, região Sul do Estado.

Durante o encontro, foram atualizadas as informações técnicas da cultura, nos sistemas de produção em terras altas e irrigadas, para as safras 2011/2012. Os dados foram baseados nas duas safras anteriores, abordando a necessidade de mais pesquisas na área, organização da cadeia produtiva, planejamento das ações, os avanços alcançados, dentre outras demandas do setor.

As principais alterações estão focadas nas escolhas de cultivares, combate a doenças e pragas, colheita e pós-colheita, manejo da água e qualidade das sementes. Estas indicações serão enviadas a Embrapa e, posteriormente, transformadas em duas publicações sobre arroz irrigado e de terras altas, para serem executadas na próxima safra.

De acordo com o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Vegetal da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, Luís Henrique Michelin, indicadores mundiais apontam que a área de produtividade precisa expandir no mundo inteiro. No Tocantins, há 700 mil hectares de área produtiva. Mas, existem 7,5 milhões de pastagens degradadas em condições de recuperação. “É possível aumentar a produção respeitando a condição ambiental em harmonia com a exploração agropecuária, mesmo com o aumento de áreas”, comentou ressaltando a importância do evento.

Segundo o produtor de arroz do município de Formoso do Araguaia, Marcelo de Souza, o fórum avaliou as técnicas do passado e direcionaram o futuro, pautada nas reivindicações dos produtores e técnicos para tornar público às decisões que servirão de base para o plantio até a comercialização. “Buscamos o aprimoramento das informações e tecnologias para a melhoria de produção com ótimos padrões de qualidade”, destacou acrescentando que as maiores dificuldades encontradas são os custos altos de produção e o preços baixos pago pelo produto.

O Tocantins ocupa o 3° lugar no ranking nacional de produção de arroz irrigado. Este sistema é utilizado pelo médio e grande produtor. Já o arroz sequeiro é mais utilizado pela agricultura familiar. ”Para a próxima safra o Governo Federal disponibilizou recursos para a agricultura de baixo carbono, com a integração de lavoura e pecuária. Isto significa mais benefício e incentivo para a cadeia produtiva”, ressaltou o presidente da Comissão Técnica do Arroz – CTA – e pesquisador da Embrapa, Daniel de Brito Fragoso.

Arroz de terras altas (sequeiro)

Segundo dados do IBGE, em 2009 a produção de arroz sequeiro alcançou 227.844 toneladas do grão, em uma área de 75.948 hectares. Em 2010, o índice de produção registrado foi de 271.800 toneladas, em uma área de 90.600 hectares. Os municípios que se destacam neste sistema são: Monte do Carmo, Goiatins, Peixe, Araguaçu e Darcinópolis. Os grãos mais cultivados indicados pela Embrapa são BRS Monarca e BRS Sertaneja.

Arroz irrigado

Segundo a CTA, no Tocantins cerca de 90% do arroz produzido é com o sistema irrigado. Em 2009, foram produzidas 233.820 toneladas em uma área cultivada de 51.960 hectares. Em 2010, a produção foi de 216 mil toneladas em 48 mil hectares. Os maiores produtores estão nos municípios de Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia, Cristalândia, Pium e Dueré. A semente mais indicada para o cultivo em região tropical, a exemplo do Tocantins, é o BRS Jaçanã, desenvolvido pela Embrapa. (Ascom Adapec)